Eram como bois viajantes, que balançavam conforme o movimento do mar. Ou seria rio?
Contos de uma heliofóbica
Serão relatados contos cotidianos ou outros já vivenciados por mim. Poderá também ser discorrido a respeito de coisas que eu goste ou a pedidos,se houver. =)
quinta-feira, 19 de outubro de 2023
Os bois
sábado, 26 de junho de 2021
Por que é importante revisitar?
Oi gente,
Como tem tempo que eu não venho aqui (estava pensando)!!..E logo me veio a ideia de falar algo sobre isso. De cara já percebo que mesmo tendo parado de escrever há algum tempo, tanto aqui no blog quanto em meus cadernos, ainda existe alguma fagulha dentro de mim. Pois o tema veio de cara, como nos velhos tempos.
Lembro certa vez, quando minha mãe falou para mim, quando eu estava passando por momentos difíceis, sobre a necessidade de voltar no passado e entender a origem das coisas que geraram determinados desfechos. Essa é, com certeza, a memória mais imediata que me vem quando penso sobre isso. A outra talvez seja coletiva, quando falamos que devemos dar um passo atrás para alcançarmos dois para frente posteriormente. E de certa forma, ambas as perspectivas se conectam, pois nos mostram como a linha do tempo é completamente fundida, e como tudo faz sentido quando avaliamos as coisas para além do exato momento que observamos. Falo sobre contextos, sobre padrões de pensamentos e níveis de consciência, principalmente. Falo sobre o fato de em determinada época não termos a "capacidade" de irmos um pouco mais além ou simplesmente pular a fase do jogo porque precisamos vivenciar coisas que só depois conseguimos ser capazes de entender.
Revisitar não é se limitar, não é aceitar meramente ou pensar que as coisas estão iguais ao que foram no momento em que você vivenciou aquele momento ou espaço. É exatamente isso! Nada é o mesmo porque a vida simplesmente flui e nós, como vida e objetos da mesma, fluimos juntamente queiramos ou não.
É muito bizarro!! Já parou para pensar?
Aquele primo que você passou a infância e faziam tudo juntos...de repente talvez não há mais aquela conexão.
Ou quando temos uma memória afetiva sobre algo. Algum alimento ou lugar..E quando decidimos revisitar...Simplesmente não, cara kkkk.
Mas as revisitações podem ser surpreendentes positivamente também. As vezes algumas coisas nos tocavam de forma a nos entristecer, hoje são uvas passas kkkkk...Você simplesmente as come e..ta..não te causam nada.
Tudo bem, foi uma péssima analogia..até porque as passas são muito polêmicas. Mas não consegui pensar em outra coisa.
O que quero dizer é que revisitar é tão essencial. Não como forma de viver no passado. Não, não faça isso. Por anos eu vivi lá, e nos piores momentos. A vida segue.
Mas revisite algumas memórias pontuais sempre que julgar necessário, pois assim você consegue perceber o quão evoluiu. E evoluir é mudar...Não necessariamente de forma positiva, mas espero muito que sim.
Você se dá conta do porque de certas coisas ou encontra explicações para algumas coisas que você sempre se questionou. Coisas algumas que são importantes para seu processo de progresso como ser humano.
E talvez por isso vim revisitar. Talvez pra perceber se ainda sei fazer isso, a que chamamos escrever..sobre o primeiro assunto que me viesse a mente..simplesmente pra me testar e ver no que dá.
Re-visitar
Re-vise
Re-visar
Revisitar
domingo, 8 de setembro de 2019
SOBRE ÀS sempre VEZES
domingo, 30 de junho de 2019
Diáfano
Opaco porque chovia e eu não via o transparecer que fazia transparecer meu sorrir.
Mas quem dera a opacidade fosse mera casualidade de um dia chuvoso
Quem dera se levasse como foco uma vida de transparência, luminescência,claridade.
Sabe, sempre fui muito direta, objetiva, determinada. Acho que é uma das poucas coisas que não transmudei em todos esses anos e me orgulho demasiadamente disso.
Sempre me elogiaram a sinceridade, a verdade, a honestidade..ou se puseram incrédulos por vir alguém tão "certinho", por mais que eu não acredite ser esse o melhor rótulo para me pôr.
E por essas voltas da vida, em todas elas fui muito ávida pela luz, pois achava que tão somente ela seria capaz de me guiar e levar ao caminho certo rumo a objetivos que nem sabia eu tantas vezes quais eram ou as consequências de alcançá-los.
Por essas voltas sempre me enganei com a inverdade posta por mim mesma de que respostas e claridade eram absolutamente positivas e necessárias para que tudo desse certo no final.
E de então, peguei-me me apegando a paradigmas que sem eles seria eu uma pessoa frustrada. Frustrei-me.
De então, punha-me triste ao não ter respostas aos meus questionamentos. pude, de tal modo, encarar a escuridão sem nada poder fazer além de buscar meios de me resolver sozinha, sem a tal da "imprescindível" luz.
Luz que se mostrou prescindível.
Como se pode tÊ-la como essencial e inegociável?
Como pude ofertar a ela patamar o qual não merecia?
Muito se teoriza acerca de bem e mal. E o escuro é sempre as trevas. Foi então nas trevas que me transformei em minha melhor versão. Pois a dificuldade está na luz ou na sombra, mas nesta, não temos a impressão de que estamos acompanhados e que tudo ficará bem, dando ar de comodismo e nos fazendo estagnar. Ela nos obriga a nos movermos se quisermos tais respostas, sem sequer saber se teremos , quais serão ou quando virão.
Pois a resposta não está na luz. Nunca veio dela
A resposta está nas incansáveis batidas que damos no escuro até que aprendamos a ser luz e transcender.
Hoje fui feliz e sou feliz. Pois tudo que me faz sorrir foi fruto de muita tentativa e erro. De muitos banhos salgados. De muitos abatimentos e vontades de desistir.
E sem tudo isso, como poderia eu valorizar cada detalhe que deixa transparecer minha luz?
Hoje sou vida, ainda direta e objetiva sobre minhas vontades e afins, mas sem me prender a certezas as quais não existem. As quais sempre busquei e que me faziam privar-me de viver, de me entregar, de ser feliz, de acreditar que as coisas podem dar certo, mesmo sem saber o dia de amanhã.
Hoje me coloco imersa na dúvida e me delicio com cada coisa incrível que ela pode me proporcionar.
E se não? Não
Se sim? Sim
Mas desde que sempre inteira e sem "se eu tivesses..."
Deixo que meu olhar transpareça quem sou e o que quero, e que meu sorriso revele o que meu interior não diz. Pois nem tudo precisa ser dito, e ainda assim...Diáfano.
Se quer, seja. Diáfano
Pois a opacidade aqui reflete e diz muito mais do que julgamos estar claro, e dá espaço para que sejamos cada dia mais diáfanos.
sábado, 11 de agosto de 2018
Inebrio
domingo, 10 de junho de 2018
Felicite-se com o brilhar do sol para outrem
Ele que é o dono, segundo muitos, dos dias mais lindos e enérgicos, e que, incontestavelmente permite a vida em terra, faz parte de todos os nossos dias.
O sol que brilha com diferentes intensidades para diferentes pessoas em distintos momentos
Sol esse que me faz sorrir mesmo em sua intensa presença quando ele, metaforicamente, brilha para mim.
Mas olha lá... E a alegria era observada tão atentamente por todos aqueles olhares que não participavam dela. Mas será que não poderiamos ou seriamos capazes de nos comprazer com o tão mais que contentamento daqueles que viram o dia brilhar em noite chuvosa?
Para você vir, meu caro leitor, a falácia daqueles que nomeiam feios ou tristes aqueles dias de chuva. Era esse o mais belo na vida de cada um daqueles rostos
Diría eu, então, que é, portanto, uma difamação à esplendorosa majestade.
Ora, não posso, eu, nomear a chuva assim? Claro que posso. Está enquadrado como um direito, "Liberdade de expressão".
Eles sorriam incontidos. Alguns , acredito eu, já deveriam ter chorado anteriormente.
Anteriormente naquele mesmo dia, só que de alegria.
E anteriormente em outros dias, no desesperador percurso da empreitada.
Mas hoje era tão mais que felicidade.
Tão mais porque felicidade é algo tão relativo e grandioso, mas parece ínfimo demais para traduzir o semblante daqueles garotos.
Garotos que tão jovens pareciam terem ali alçado tudo, e nós, do outro lado da pocilga formada por finos fios acumulados de chuva, prestigiavamos apenas. Assistiamos como desinteressados ou empáticos àquele espetáculo concedido.
Alguns com estima de ser um deles, outros, imaginando seu sol brilhar e ainda os que adentraram e comemoraram a nova vida que o outro passaria a ter. Mas nenhum indiferente.
E isso é interessante perceber.
É interessante porque é inerente ao ser humano o sentir (salvo casos seletos)
E quando me refiro ao sentir não restrinjo as formas como serão sentidas as diversas experiências.
Sentir bem ou mal, sentir-se bem ou mal. Então, porque não se aprazer mesmo quando algo benéfico atinge a outrem?
Conte-nos mais acerca daquele festival de sorrisos_Vocês devem pensar.
Pois bem...não durara tanto até que os meninos se foram dali, mas e quem disse que o júbilo tem de ser eterno para ser bom?
Isso me soa mais como desesperador. É como se dissessemos: Vamos, por favor, não se vá, pois pobre sou que nunca presenciei alegrias similares ou jamais me acometerá tamanha transcendentalidade outra vez.
A intensidade era severamente gratificante, mesmo do lado daqueles que apenas vislumbravam seu momento.
Era uma energia que ecoava e que falava por si só, haja vista as palavras, apesar de serem minhas melhores amigas, atuarem de forma vã em alguns momentos, tais como esse.
Feliz era aquele, mal sabia, não somente que presenciava o lado incontido e sublime daquela noite, mas os capazes de comprazer-se com o diáfano brilho do sol para aquelas faces rubras e mistas.
Feliz porque inteligência e maturidade é, também, ser feliz com e por outrem, sabendo aguardar o seu momento, sem ser tomado pela pressa, sem se sentir menos por ainda não ser sua vez.
Acalme-se. Pois é tudo tão calmo até que a intensidade chegue, e isso nada mais é que um tempo necessário que te prepara para a expansividade das emoções.
Chegará o momento em que estarei do outro lado e espero que, chegado ele, saibam outros, assim como eu, vir brilhar o sol para mim e esperar que ele também chegue para eles.