quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Faça o bem sem olhar a quem!

Nunca mantive, nem ao longe, a melhor relação com os ditados populares. Contudo, hoje me permitirei abrir uma exceção pois que percebo se enquadrar exatamente ao que quero falar.
Costumo dizer, a mim mesma, que sou uma menina em estado de plena confusão. Aliás, digo mais, que está imersa em tal ou, na pior das hipóteses: Sou a confusão.
Mas sabe que parei para refletir, como sempre faço quando me sinto desnorteada, e cheguei à conclusão, não exatamente agora, de que não sou uma pessoa ruim.
Taaa... acho que já devo ter comentado essa minha incrível descoberta_ Tão incrível que compartilhei e estou tornando pública novamente. Incrível pois me ajudou a mudar minha visão e tratamento encerrados por mim a mim mesma.
Disseram-me, hoje, palavras que possivelmente estava eu carecendo escutar: "Você deve fazer as coisas sem esperar algo em troca". Não que minha mãe já não o tenha repetido 1 trilhão de vezes, porém parece, como a mesma costuma falar, que só ouvimos quando são expelidas de outrem. E como um de meus lemas é: "Quando muitos falam a mesma coisa é porque há um fundo de verdade"... Talvez vocês não concordem, mas todas as vezes em que ouço repetidamente algo dou certa credibilidade, no mínimo, para refletir a respeito e chegar às minhas conclusões... Desse modo, é o que estou a fazer. [...]

Certa vez, há não muito tempo, tinha um amigo, aliás, colega..._ é que muitas vezes acabo me apegando tão rápido que considero mais que muitas pessoas de maior convívio_.
Enfim, esse colega era super gentil e engraçado, de modo que eu desenvolvi mais que empatia, "considerava-o pacas"_como costumo dizer_. E, então, numa quinta (kkkk brincadeira, não lembro o dia) ele, do nada, foi super indiferente comigo, não olhava na minha cara e disse que não tinha nada de errado, que ele era assim e pronto.
Mano (Uma gíria que estou usando demais --') pus-me estarrecida com aquela recepção dele e a forma de tratamento dispensada a mim. Sim, eu chorei muito. Por quê? _Porque por menos sensível que eu tente transparecer, por mais rude e séria e fechada e apática que eu me demonstre, percebo que em muitos momentos sou a pessoa mais humana e sensível do mundo.
Depois disso eu segui...não de ímpeto, mas gradativamente e, algum tempo depois ele veio me pedir desculpas..obviamente eu desculpei, até porque só guardo os alegres momentos que tivemos, mas não mantenho mais contato.
Acontece que esse não foi o primeiro episódio, muitas outras questões dessas já ocorreram e eu sempre digo: "Acho que sou a única pessoa do mundo que não aprende..que só se ferra com as pessoas".

E como, para nós do jornalismo "Os fatos não são só os fatos", carrego isso para minha vida: "É importante conhecer o histórico de vida das pessoas antes de julgá-las".
Já passei por momentos em que me propus a não mais confiar, não acreditar, sequer querer contato com as pessoas, porque quando eu gosto, doo-me muito, em nível hardcore kkkk...talvez, hoje não tanto...E quando elas não correspondem às minhas expectativas eu fico muito, muito, muito, muito..já falei muito? muito mal..na bad, triste, sorumbática, malcontente, prostrada, desalegre...Acho que deu para ter noção.
A decepção só é tão triste e estigmática porque ela nos vêm daqueles que detêm nossa confiança, carinho, afeto...E quando paramos para pensar: "Nossa..Se eu não posso confiar em meus amigos ou pessoas que considero como tais, em quem posso o fazer?". 
Sentimo-nos, então, desalentados, desamparados, jogados numa calçada suja, onde nosso único protetor é o papelão e nossos companheiros são: a chuva, os cachorros e as drogas...
É uma analogia dramática possivelmente, mas foi um exemplo que encontrei e que talvez se equipare à situação.
E quando me percebo cultivando tudo aquilo de ruim, devido a todas as desditas da vida, peço-me que pare..Evito pensar ou se o faço, tento lembrar somente das coisas boas que tais pessoas me proporcionaram..Ahhhh e como eu faço isso kkkk
Pois que já tenho magoas demais de longa data...Magoas que talvez nunca cessem e para quê cultivar outras tantas de novas pessoas que ao menos em seletos momentos me foram boas?

Um dia estava conversando com minha avó, não lembro o que exatamente...mas lembro que fiz uma pergunta..algo como: "Por que a sra. continua acreditando nas pessoas se sabe que elas vão fazer o mesmo?".
Ela me respondeu: -Não podemos perder as esperanças nas pessoas.
E é isso que venho tentando...Por mais duro e íngreme...por dadas vezes dolorosíssimo que seja...
Não sou uma pessoa ruim quando me fecho para o mundo ou quando sou rude e áspera como forma de autoproteção, sou apenas uma pessoa que está, como diría minha outra avó: "aprendendo a viver", e tenho tentado o fazer...apesar de não saber exatamente o que se entende por saber viver...penso que seja, em um dos inúmeros conceitos: "Saber que nada é perpétuo e que, assim como eu, as pessoas não são ruins. Que delas, só devemos levar, para nosso próprio bem, assim como das situações e de tudo que nos é proporcionado , como diría minha mãe, "as coisas boas"".

PS: No final, não sei se teve um link direto com o tema, mas como disse: Não sou boa com ditados kkkk..Então vocês vão me perdoar porque vai ficar isso mesmo.

#UmaHeliofóbica