domingo, 25 de dezembro de 2016

Importância...

E em mais uma dessas noites fiz o de costume: refleti
Mas, refleti de tal forma a fazer enorme retrocesso para que caísse a fixa de coisas que estavam há tempo jogadas em minha face.
Nessa noite rememorei momentos e pessoas de grande relevância em minha vida e que para com algumas não fui das mais justas quanto ao tratamento ou mínima consideração.

Refleti sobre o que estava a fazer e o grau de importância disposto a cada uma que compõe meu cotidiano.
É como algumas mãe que não distribuem igualmente o amor entre os filhos. 
E por mais que não seja por total pertinente denominar o conceito de certo, analisei se estava fazendo o que julgo correto para a minha vida.
Lembro que já li ou ouvi em algum lugar algo como: "Não adianta procurar amor em quem não sabe amar".
E foi aí que me caiu a fixa.
Caiu-me a fixa do quanto estava a distribuir erroneamente meu carinho para com as pessoas que estão em minha vida ou sobre como eu procurava novas para tal enquanto sempre houve especiais bem ao meu lado.
E digo isso, meu caro leitor, pois hoje me pego em situação que nunca me imaginei. Pois me vejo confusa, temerosa, receosa de a vida estar me dando uma oportunidade ou apenas fazendo-me pagar por não ter sido um dia quem devería ser.
E eu espero, de coração, que esteja totalmente equivocada a canção de "Lulu Santos- Como uma onda".
Pois que, hoje, depois de despertar das idealizações e desditas da vida me vejo tentada a recomeçar e o fazer da melhor forma possível.
Meu leitor, é tão íngreme me expressar como realmente gostaría, uma vez que nesse momento faltam-me palavras para que eu possa expelir melindrosamente meus sentimentos.
Sentimentos que jurava não os ter e que agora me corroem, invadem-me e fazem-me me sentir completa e vivaz outra vez. Ainda sem que eu saiba exatamente do que se trata.
A vida tem dessas coisas, mas somos nós os únicos responsáveis pelo que ela nos é ou nos parece ser. E veja bem...por mais que nos pareça dura, ela está apenas nos dando mais uma oportunidade de aprender

Às vezes precisamos nos afastar de coisas e pessoas para sabermos da importância que elas têm para nós.
Às vezes precisamos encontrar e nos deparar com outras que nos são terríveis para termos como lição o quão ordinários já fomos
E precisamos delas para valorizar e perceber as boas..
Às vezes é realmente tarde demais, mas nunca é tarde demais se notarmos que vale a pena tentar

E por esses dias, pedi a Deus: Por favor, dai-me paciência.
A vida passou, então, a me testar e nesses testares tenho sido ensinada a ser mais paciente
Paciente, pois já o foram e o são tanto comigo que tenho, eu, imensurável gratidão kkk
E, sem querer, percebi que pedi a Deus o que mais preciso nesse momento
Paciência para retratar-me e mostrar que estou disposta a ser o que não fui, paciência para obter aquilo que acima disse valer a pena tentar.
E que vale. Por mais confuso, por mais custoso e moroso
Quem disse que o melhor é aquilo que conseguimos sem muito lutar?
E quero o fazer, estou a fazer e procederei em tal empreitada.
Não como outrora, quando pensava nas coisas como conquistas que eu desfazer-me-ía quando as conquistasse... É diferente e não acreditam quando digo pois que não costumo ser, eu, assim.
Tudo é como dever ser, mas depende apenas de nós mesmos mostrar-nos merecedores daquilo que nos é destinado ou se pedimos, todos os dias, pelas nossas ações, para provar cada vez mais dos infortúnios da vida.


#UmaHeliofóbica

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Moça, onde você aprendeu tudo que sabe?

Olá pessoas que me leem,

Sabe que ontem, por mais exaustivo e desgastante psicologicamente que tenha sido meu dia ele, ao menos, serviu-me de inspiração para mais uma postagem. E é por isso que eu digo: Nada, por pior que seja, é tão ruim ao ponto de não poder ser retirado ao menos algo benéfico.

[...]

Hoje, principiei meu dia com uma excelente notícia, para compensar o supracitado: Segunda as aulas podem voltar. _E eu preciso detalhar a minha felicidade? Não havería como.

A verdade é que há alguns anos, logo quando terminei o ensino médio, disse a minha mãe que não quería mais fazer faculdade, uma vez que eu não consegui passar de imediato. Falei também que faría um curso técnico ou qualquer coisa, e que me contentaria com um salário mínimo.
Maaaasss, como vocês sabem, não dá para viver decentemente com um salário mínimo e como a vida é uma excelente pessoa (mesmo sem sê-la fisicamente kkk) colocou em minha cabeça o que minha mãe chama de "juízo".
Como já mencionei em outras postagens, não foi o trabalho mais fácil ingressar na minha universidade.
Primeiramente, eu meio que tinha desistido de seguir estudando, depois, pessoas incríveis foram postas em minha vida e isso foi, sem dúvida, o que mais influenciou tanto na escolha do meu curso quanto na minha percepção de que, sim, sería eu capaz de entrar na universidade pública.
E com um longo e árduo ano, 2015, foi cheio de tristezas, abdicações e choros. Para, então, somente nesse ano, eu poder colher os frutos dessa longa empreitada.
E é por isso que eu não admito quando alguém abre a boca para falar merda sobre o lugar que só tem me feito crescer a cada dia.
Desde que ingressei me percebo com uma visão que jamais imaginei deter um dia. 
Vejo-me como mais amadurecida e em constante processo de aprendizado. Aprendizado com as pessoas, com as experiências, com as vivências e convivências, as diferenças, o apoio ao próximo. Pois estar lá não é como muitos imaginam.
Digo, leitor, que não é tênue a linha entre o idealizar e a realidade. E veja que tenho conhecimento de causa. Eu que durante 19 anos , como costumo falar, sou a menina das fantasias. Mas, sabe que isso não é de todo ruim?! Acho que faz parte de meu espírito de jovem que adora escrever e se expressar por entre discursos prolixos.
Lá eu aprendi conceitos que nunca tinha ouvido falar, venho percebendo, de fato, que devo me dedicar se eu quiser passar (Pois é pessoas, não é decoreba como vocês imaginam) e melhor......por mais que muitos falem em nota e diploma, o que pude ouvir, das pessoas as quais convivo foi: "Eu prefiro fazer aos poucos e ter certeza que aprendi do que pegar várias matérias, reprovar ou passar sem aprender". Sim, é interessante perceber que a consciência é outra. Diferentemente do que muitos que estão de fora entendem por faculdade.
Sim, é facultativo. Ninguém lhe obriga, meu caro. Mas, é de extrema relevância em sua vida como indivíduo e como profissional.
Acho tão desnecessários discursos dúbeis ditos com tamanha precisão e certeza.  Acho tão dispensável. Tão desprezível a voz da ignorância.
Ninguém lhe obriga a nada! É muito importante que isso fique agora esclarecido.
Agora é seguinte: As regras do jogo são: Você estuda, dedica-se, faz universidade, curso técnio, o que quiser... e isso se reflete em sua vida financeira (PONTO)
AHHH Adriann, mas existem pessoas que nem fizeram o ensino médio e são bem sucedidas.
Claro que sim. Como em regras, haverá sempre exceções. 
Meu tio, por exemplo, é prova viva disso.
Enfim, o que quero dizer é: Nortear-se por isso é o que DE FATO te tornará o que denominamos burro.
A universidade não é propriamente o diploma. É MERA IGNORÂNCIA QUEM PENSA DESSA FORMA (PONTO).
E quem está lá e ainda pensa assim é mais desprovido de inteligência ainda.
O diploma é necessário, é ele quem te dará credibilidade, (muito embora nem todos que saiam de lá estejam aptos),o que nos é possibilitado no momento em que ingressamos vai muuuuuuuuuuito além das disciplinas obrigatórias e optativas (PONTO).
Daí vêm, nesse momento, muitas pessoas que dizem que temos que "quebrar o sistema"_ Corroborando a visão que muitos já possuem sobre jovens serem rebeldes e baderneiros.
ps: Muitas que estão, inclusive, na universidade. Só para constar.

E quem disse que o sistema é necessariamente ruim em todos os aspectos?
E quem disse que é insignificante o convívio com regras ou padrões, ou chame como quiser?!
Há quem trate universidades como apenas pela obrigatoriedade do diploma. 
Existe quem faça por isso, como aqueles que fazem por amor.
Eu, por exemplo, em minha profissão não há obrigatoriedade do diploma, mas eu quero..Veja bem "EU QUERO"
Mas, quem disse que a obrigatoriedade é algo ruim?
Tudo depende da forma como você enxerga as coisas
Eu vejo como estímulo, forma de crescer, diferenciar-me
É como você precisar de uma cirurgia com urgência, entregar sua vida nas mãos de uma pessoa cujos precedentes daquele que te operará não se sabe...É como você ir em busca de um medicamento e não ter o selo da ANVISA.
Qual a credibilidade?
Precisamos cada dia mais disso. Pois a cada brecha dada sempre haverá espertos para tirarem proveito

Certa vez minha avó falou o seguinte: Só há uma coisa que não lhe podem tirar: O conhecimento.
E por conhecimento temos um conceito bem abrangente
Ele não está preso nas salas de aula como fizeram-nos acreditar. Mas, elas são, sem sombra de dúvida, essenciais. E quando falo sala de aula, não propriamente estou falando somente dos livros e apostilas e conteúdos que o professor passa. Refiro-me também a conhecimentos de mundo, conversas jogadas, experiências trocadas...

É difícil falar isso para quem pensa diferente
É difícil falar quando quem está do outro lado não está disposto a ouvir
É difícil falar de pessoas, estar com pessoas, dialogar com pessoas.
Porque pessoas são diferentes, com mentes e posturas destoantes,  mas não necessariamente por isso devemos ser extremistas ao ponto de dizer que não gostamos de gente. Talvez, aqueles que odeiam tanto gente, esteja totalmente impregnado com o problema. Sería ser muito presumido achar que todo o resto quem está errado. E a prepotência é uma das coisas que torna o indivíduo não só cego como burro e impossibilitado de adquirir conhecimento. Uma vez que pensa ser o dono da razão ,onisciente.
E se você ainda se pergunta a resposta do título, respondo-lhe agora: aprendi com as pessoas. Tudo que sei eu agradeço a todas as pessoas que, de alguma forma, independente de classe ou nível de instrução veio a mim em algum momento. Direta ou indiretamente e que me foi capaz de agregar conhecimento. 
Palavras duras são importantes, mas quem disse que é fácil ouvi-las?
Opiniões contrárias, confrontos...Isso é a vida...Essas são as pessoas
Ninguém disse que sería fácil, mas não é por não sê-lo que tudo deixa de fazer sentido.

#UmaHeliofóbica


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Valorize a oportunidade de viver

E foi me dada a chance que de muitos fora tirada: A de viver.
Nos noticiários, percebemos vidas ceifadas, bebês que morrem antes mesmo de sair do útero. Mas, isso não se trata de pôr em questão a minha opinião acerca do aborto.
E me pego constantemente a questionar sobre o porque de estar posta aqui. Vejo-me confusa.
Vivo cada dia. Uns mais, outros menos
Numa tentativa de ser melhor e de me tornar uma pessoa mais valorosa.
Pois em meio a tudo aquilo que estimamos e idealizamos como razões para a felicidade, acabamos deixando que passe desapercebido pelos nossos olhos a real felicidade, viver.
E viver no simples ato da palavra.
É fazer coisas úteis, perceber em si o putrefato a fim de buscar uma melhora, é principalmente aprender a amar e demonstrar esse amor para todos aqueles que amamos e que nos amam.
E é importante que façamos disso essencialidade, pondo outras questões como complementares.
E que façamos todos os dias como se cada um deles fosse o último.
Como se fosse nossa última chance de mostrarmos que não somos seres repudiáveis porque falhamos ou por nossas más ações. Mas, por aqueles momentos em que não desejamos reverter esse quadro.
Faça-o. Faça-o, pois amanhã, talvez, poderá não estar mais entre nós.
Peça ajuda se necessário
Não vivemos sozinhos no mundo_ É uma frase que ouço com frequência de minha genitora
E tento progressivamente mostrar-me melhor e tentar ser melhor, ainda que, por vezes, seja tão difícil.
E é engraçado que as dificuldades vêm, às vezes em aspectos mais simples como: demonstrar aqueles de quem gostamos o quanto gostamos deles
É engraçado que hoje, por mais que eu tenha tantas ambições e receios e fobias e obsessões o meu maior objetivo é me superar como ser humano.
E por mais que eu seja uma pessoa ciumenta e muitíssimo apegada a pessoas, coisas, momentos... entristecer-me-ía se tivesse de deixar isso aqui agora, mas não pelo fato de não concretizar planos ou por ser jovem e bem afeiçoada, mas pelo receio de não ter mostrado que não sou o que muitas vezes eu demonstro.

_Por que você é assim? _ouvi recentemente _Não sei... eu só sou

Não sou por completo indiferente como demonstro, sou, inclusive mais empática do que gostaría. Não sou insensível, eu só prefiro evitar demonstrar sempre que consigo ou talvez, muitas vezes, eu o faça involuntariamente por estar treinada a tal.
Eu tenho, em minha mente, pessoas que são muito especiais para mim e, talvez elas nem saibam ou não acreditem quando eu faço algumas declarações como forma de compensar o tanto que sou afastada e bipolar.
E me vejo, hoje, pedindo não para ganhar na loteria ou ter a mansão do Michael Jackson como há alguns anos quando ainda criança. Hoje peço, ainda que nem sempre com fervor, que eu consiga ser, até ir-me desta, uma pessoa melhor.
Pois é tudo tão efêmero
Nós vivemos para trabalhar ou trabalhamos para viver
E ganhamos dinheiro
E buscamos provar às pessoas o quão somos bons

Não quero ser hipócrita: Eu não estudo para ganhar menos que 5 mil reais mensais, mas o que quero dizer é que: o errado não é acumularmos títulos e patrimônios. Mas, apegar-mo-nos a coisas que nos serão tiradas quando menos imaginarmos e esquecer-mo-nos do que é imprescindível em nossas vidas. Quando estivermos no auge..quando, enfim decidirmos aproveitar todas as nossas conquistas de longos anos e só nesse momento perceberemos que nada disso tinha tanta importância.
É engraçado como o tempo passa e nossa mente muda
Como passamos, muitas vezes, a rever valores e o que valorizamos 
Como a vida e o tempo nos ensina
Eu, que me considero tão precoce e individual
Que fui julgada como mais clichê que possa imaginar, erroneamente.
E quem disse que o clichê às vezes não é legal?
Eu que, por trás da serenidade e maturidade tenho em mim uma criança e uns tantos pensamentos e desejos considerados superficiais
Se hoje me fosse, não sei o que sentiría, mas , com certeza, de algo sei: Não morrería triste por saber que não pude ser a garota mais bela ou bem sucedida em minha profissão ou porque não me mudei para a Alemanha, EUA ou Suíça e me casei com o cara que daría a melhor genética a meus um ou dois filhos, ou porque ele não era um médico ou jogador de futebol, e por mais ilusório que pareça a muitos, além de estabilidade me desse todo amor.
Sim, gostaría de ter tudo isso ou é apenas fantasia de jovem sonhadora, mas não sería a não conquista de tais que me deixaría triste caso uma fatalidade ocorresse antes mesmo de tentar, mas somente o fato de saber que eu pude e tive a oportunidade de ser um indivíduo melhor, e que tive a consciência disso e do que preciso melhorar ,contudo não consegui o fazer.


#UmaHeliofóbica

domingo, 4 de dezembro de 2016

Inconstância!!!

E assim como o percurso do dia, oscilo por entre humores que batem entre um e outro extremo.
Não sou meio termo, não consigo ser, não nasci assim
Posso ser várias, sendo, ainda assim, eu mesma: a mais grossa, a mais insensível, a mais apática, como também, a mais delicada, a mais carinhosa, a mais amiga.. Mas não a todo momento
Eu posso ver-te hoje e soltar fogos por estar com inexprimível saudade e amanhã simplesmente ignorar sua mensagem no app 
Ou pode, também, ser o inverso
Sou imprevisível principalmente para mim
Inintendível e confusa e que causa confusão em certos eus, mas não venha me confundir com outrem. Aliás, não há como
Não finjo, eu sou..
Eu sou quem sou, quer gostem ou não
A mais distinta e normal
A mais clichê e surpreendente
Surpreendente a cada declaração inesperada, a cada ação, a cada gesto, a cada mistério e coisas que guardo comigo
Eu sou insconstância, teimosa e persistente, e sou eu
Sou chata, mas não com todos, nem a todo momento com aqueles com quem sou
E se sou contigo agradeça, pois me importo de alguma forma
E caso seja eu intransigente para com você, não me leve a mal, estou apenas sendo eu
Sou bipolar, paranoica, compulsiva por algumas coisas
Paciente para tantas e para outras simples, sai da frente
Quando pouco quero algo, não sou de insistir. Principalmente quando um desafio maior é me dado ou algo simplesmente mais instigante me aparece.
Adoro coisas que me instigam, adoro desafios e "impossíveis".
E quando desejo veemente alguma coisa...faço minha, uma fala do venerado Machado de Assis:

Machado de Assis diz em uma de suas obras "Deus te livre, leitor, de uma ideia fixa; antes um argueiro, antes uma trave no olho. Vê o Cavour; foi a ideia fixa da unidade italiana que o matou".

Em 19 anos, posso lhe afirmar, leitor, uma vez que deve estar chocado com as declarações dadas, nunca houve, dos que estiveram comigo, quem reclamasse pela pessoa que sou. Aliás, até houve e há vez ou outra uma reclamação de alguns traços ou ações, mas que são insuficientes para que tais digam que não dá mais para conviver comigo.
Sabe por que?_ Porque apesar dos pesares, apesar de algumas vezes não ser a mais amorosa eu sempre demonstro involuntariamente o quanto gosto de quem realmente gosto kkk, ou ao menos tento demonstrar o quão são importantes para mim.
Não sendo presunçosa, apenas sendo eu, sincera, credível, futura jornalista, que a cada dia tem mais certeza de quem é, do que quer e de que não precisa mudar exatamente nada para ser aceita ou ser amada.

#UmaHeliofóbica


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O ingrediente para o sucesso

Nas telenovelas, são oferecidos ao público, por trás de uma forma de diversão barata, estereótipos que muitas vezes definem a forma de muitas famílias verem a realidade.
Procuram, essas mídias, a todo custo, pôr nas mentes das pessoas: Seu filho é rebelde ou A razão do atrito entre vocês é a falta de dinheiro ou ainda em outros contextos, agora sendo a família abastada, ele só está interessado nos bens que recebe e na futura herança.
Não estou a falar que não existam casos assim na realidade. Em contrapartida, digo que são uma minoria e a frase que exime as novelas da culpa: "Esse programa não tem relação com a realidade" (algo assim, corrijam-se se estiver errada), querendo ao mesmo tempo empurrar aspectos de tal tipo em cada "lançamento", praticamente idêntico ao anterior, só demonstram o quão desprezíveis são, pois sabem a força sob a maior parcela e se apropriam disso.
Quero falar que essa falácia não é a razão para maus relacionamentos entre pais e filhos. E parem pais de acharem que o que estão a fazerem de errado é não terem dinheiro para comprar o novo I-PHONE.
Se olharmos com afinco as histórias das pessoas e no que se tornaram, perceberemos que a carência não é de bens materiais, tampouco que se faz correta a denominação de adolescentes como: Criaturas que gostam de quebrar o sistema e se revoltarem".
Estamos diante de um problema que passa imperceptível. Visto que vivemos em uma sociedade materialista , e sendo tal questão impalpável, não se é possível para muitos mensurá-la e compreendê-la. Colocando, então, a culpa das frustrações nas não aquisições, bem como os sucessos e felicidade em compras.
Então o que falta?
_Amor, meu caro leitor.
Eu sei que não sou a pessoa correta para falar sobre tal, mas juro-te que não irei me aprofundar.
Nossas crianças estão sendo criadas em uma era moderna cheia de prós e contras. Nunca, talvez, arrisco-me a dizer, teve-se tanto e faltou-lhes o primordial.
Não sou eu adepta a muitas questões conservadoras, ainda quando assim fui definida (estou largando), mas, sejamos francos: São raras, e digo isso por que nunca ouvi nenhum relato nesse aspecto, as pessoas mais idosas, que reclamam do modo como foram educadas ou que punham a culpa nos pais pelo insucesso.
_Mamãe sempre nos ensinou a dividir. E para além das dificuldades, ela nunca deixava que faltasse nada. E ainda assim, sempre andávamos bem vestidos, ela mesma fazía nossas roupas. _Falas de gratidão e reconhecimento vindas de uma pessoa que, embora tenha vivido uma época de grandes dificuldades, tornou esse apenas um acessório em seu discurso extremamente focado em demonstrar em palavras o quanto sua mãe a amou.
Sei que os tempos são outros, sei que as coisas vão além do que aparentam serem.
Eu sei que existe uma raíz para todo problema, e é por isso que digo que jovens não se marginalizam propriamente pela falta de um tênis de marca, como muitos afirmam. E que muitos fogem de casa não é por que são rebeldes.
É preciso olhar para além, através do espelho que retrata, sem muitas minúcias numa primeira vista.
É preciso notar e compreender que há a falta, mas que ela está nas pequenas coisas, e não em tudo aquilo que culpabilizam pelo que os jovens estão se tornando.

#UmaHeliofóbica

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Esse não é um monólogo triste

[24/10/2016]
E percebo que ela, errônea, porém ingenuamente se cerca e se preenche de mágoas pretéritas as quais procede a alimentar com o pior dos sentimentos rotineiramente.
Como se não vivesse o agora e se nutrisse de tudo de ruim que lhe ocorreu, como a razão não apenas para viver, como para fazê-lo mal.
Não se faz de vítima de forma alguma. Ao menos não intencionalmente. Todavia, é aparente que tudo ainda lhe dói, devido a forma que fala e como num simples piscar de olhos os seus se enchem do líquido incolor.
E profere ditos de quem tem ódio e desconhece a palavra perdão.
Não por sê-la uma má pessoa, contudo, por não ser detentora, ainda, de força ou maturidade para seguir e deixar para lá os maus momentos que lhe ocorreram.
Mas segue. Porém, segue da pior forma possível. A se achar indigna de felicidade devido ao mal que a vida lhe proporcionou.
Eres incapaz de superar ou não conseguirá sozinha?
Não somos nada sozinhos, isso é fato.
Hoje estou, aliás, ela se encontra a um passo da melhora.
Não ainda de perdoar, tampouco de esquecer, porém, de levar de forma mais benéfica a vida. Sem deixar que o passado esteja presente em cada dia como forma de lembrar-lhe o quanto foi e será infeliz pelo que viveu.
Hoje percebi que pessoas têm valores e são relevantes em nossa caminhada.
Que coisas materiais são super legais, mas não são ou não deveríam ser o que nos sustentam no mundo. Se sim, vive-se um  engano, arrisco dizer.
Percebi que não sou burra, aliás, talvez o seja, mas não por sê-la de fato. Todavia, por me limitar tantas vezes e esquecer o que é viver.
Percebi que as faltas de palavras e silêncios sepulcrais ou ansiedade por tentar me expressar falhamente algumas vezes são resultados de uma vida distante de pessoas.
Nada como um dia após o outro
Em um momento, queria-me longe deste.
Em outro, percebo o que me falta.
E por incrível que pareça não é muito, apenas a sabedoria para dar valor às melhores coisas e parar de focar em extremo e tão somente em outras que por si sós não valem muito.
Aprendi que ler e estudar é importante, mas que também se adquire conhecimento com as pessoas e com o mundo. E não estou agora a referir-me ao meu mundo o qual estive trancada em todo esse tempo.
Aprendi que não sou assentimental, só perdi um pouco o conhecimento do que é expressar meus sentimentos.
Ratifico, tornei-me assim.
Hoje dei-me conta do problema, mas percebi que mais importante que identificá-lo é ver o quanto estou aberta a uma nova forma de ver a vida.
Um agradecimento especial a todos que tornaram especial meu dia. Meus tios, minha mãe, amigos e Deus, por provar-me mais uma vez de sua existência, mostrando estar sempre comigo independentemente de qualquer coisa.

#UmaHeliofóbica

domingo, 23 de outubro de 2016

Monólogo

Este é um monólogo numa típica noite de sábado

[...]  22/10/2016
Peço que não estranhem, pois meus monólogos têm geralmente ar de tristeza, dado que é neles que reflito acerca de minha vida.
E qual vida não tem sequer uma coisa triste a se pensar? 

Agora estou banhada e me sinto mais leve, como se o peso que havia em minha alma e tudo de ruim que me habitava tivesse se esvaído.
Sinto-me também bela. É talvez, por isso que voltar a fazer exercícios físicos me faça tão bem. Mais que pelo corpo, pela alma e pelo que essa leveza de espírito e amnésia dos problemas me proporcionam.
A verdade é que estou numa fase de carência, mas pelo amor de Deus, não no eixo sentimental...quero dizer, carência de tempo, carência de inspirações e é por isso que não tenho postado, mas sei que nada justifica.

Decidi escrever porque se não pela pressão não sei quando postaria novamente.

Da janela de meu quarto, a qual está bem atrás de mim nesse momento, ouço vozes ecoarem do salão de festas e pessoas possivelmente felizes a dançarem músicas animadas. Mas, sinto-me bem aqui. Pois no fundo o conforto de minha cama ao fim do dia é algo por demais impagável, insubstituível e, dadas vezes preferível a fazer algo não convencional.
Amo o cheiro de meus dois ursinhos, o travesseiro e o lençol. Acostumei-me a dividir minha cama de provável eterna solteira com os livros e não se encantem ao acharem que passo a vida a estudar, é apenas a falta de uma escrivaninha. Mas, acostumei-me.
Toca, nesse momento, uma música que outrora eu ouvia incessantemente, mas procedo imersa em minha calmaria.
Pergunto se gostaria de estar lá_ Talvez.
Lembro agora de meus momentos de ápice, lembro quando minha vida já foi mais agitada e habitada, mas não sei se sinto por completo falta.
Eu sinto, algumas vezes, falta de pessoas, mas não de todas elas. Quero dizer, eu já nem sei... Tento encarar as coisas de maneira racional e pensar que faz parte do processo da vida: Vir e ir, mas se bem que algumas poderiam fazer o processo inverso: Ir e vir.

Pois por mais que seja eu deveras apática não quer dizer que seja preenchida  por toda apatia.
Aliás, não é tampouco correto dizer que sou, como se houvesse nascido de tal forma, costumo, para tanto, falar que me tornei assim.
Tá. Talvez fosse legal descer, ver pessoas, conversar, dançar e seja lá o que for, mas não sei se sou eu assim.

Eu tenho 19 com cara de 12 e isso tem me entristecido. 
Não preciso que as pessoas fiquem tentando me aceitar, me encaixar ou me colocar no grupo. Adulando-me a falar que será legal e me ensinando como se diverte em festas. prefiro aceitar: Sou assim.

Minha irmã de 14 anos com cara de 20 está nessa festa agora e prefiro não pensar no que acontece, pois as pessoas tanto me julgam que não pensam que eu não faço nada de errado a não ser, talvez, com minha própria vida. Pois só sabem julgar-me, como se eu tivesse nascido assim. Como se não houvesse precedentes ou estigmas da vida, como se pessoas jovens não tivessem o direito de passar por problemas ou se os problemas de jovens se limitassem a garotos. _Eu sequer dou importância a isso. AHH quer saber, não tenho paciência para esses discursos e podem, agora, taxarem-me de grossa, pois já não me importo.

Será que eu, em todo esse tempo, fiz-me acreditar na mentira de que sou assim e esta, de tanto ser repetida, tornou-se verdade? _Questiono
Por que as pessoas se vão, deixando minha vida vazia e parada? _Procedo a me perguntar_ Porque você permite e contribui para que o façam. _Meu outro eu conversa comigo, de forma rígida e impiedosa
Já não sei se me importo de fato com a partida das pessoas, já não sei se me importo com coisa alguma
Às vezes gostamos e não sabemos dizer ou mostrar
Às vezes a vida nos torna quem somos
Às vezes não tem como ou não queremos evitar
Às vezes as pessoas não merecem nosso gostar
Às vezes sequer sabemos que gostamos, por nos acostumarmos a não querer gostar

E deixamos que se vão com indiferença, como se fossem biscoitos, chocolates e sorvetes, coisas boas que aproveitamos enquanto estamos com elas, mas que se vão.
E não dizemos o quão são especiais, pois não somos de o fazer
Pois gostar de pessoas é algo tão estranho para mim e o que sou é uma consequência da minha própria vida.
Denominam-me fria, assentimental, sem coração... Que seja, já não sei se me importo

Deixamos que se vão e nos acostumamos a não nos importarmos ou não nos incomodarmos com o único barulho da nossa noite de sábado ser a diversão dos outros, e isso acaba nos deixando tristes. Mas passa. Tudo passa ou se atenua depois de dormirmos. 
E nos acostumamos a fazê-lo para que tenhamos a sensação de que está tudo bem, quando na verdade não está.

Eu paro e penso no que me tornei e quem dera essa fosse uma escrita somente aproveitada de um momento de melancolia somente para escrever.
Talvez, esteja melhor amanhã. Talvez, seja esse um regresso.
Quem me tornei, o que quero para minha vida, quem sou?
Como me acostumo com tantas coisas, contradizendo o que disse outrora sobre não se acomodar.
Não é em todo caso ruim, mas em alguns deles pode ser, talvez destruidor. 

#UmaHeliofóbica

sábado, 24 de setembro de 2016

É normal

Essa semana, fora posta à prova minha opção de curso na faculdade.
Penso, agora, que tal questionamento quase impositor que me foi feito sobre meu curso teve caráter relevante.
Sim, é isso que eu quero. Digo, agora, com toda firmeza. por mais que ainda deixe-me triste alguém falar algo de tal natureza a uma pessoa cuja áurea é tão sentimental e afetável.
Sou estereotipada como fútil devido a minha aparência.
Tal pessoa julgou ser eu mais adequada a um curso que se relacionasse à beleza. como se fosse proibido gostar de se cuidar. Pior, como se o fato de o fazer fizesse de mim uma pessoa inapropriada a seguir uma carreira séria, como se eu sequer passasse credibilidade ou fosse incapaz de me envolver em conteúdos que vão além dos ditos superficiais.
Sou chamada de boba (atenuando), porque tenho receio de contrapor opiniões que destoam da minha, principalmente se advindas de pessoas muito próximas a mim.
-Você é muito conservadora para ser jornalista
_Isso não diz nada. Falo agora
O ser humano tem a grande qualidade: Resiliência, e isso é muito facilitador. 
Eu admito que me causa estranhamento quando vejo um homem usando vestido lá na faculdade, porque, de fato, eu cresci numa família extremamente conservadora e preconceituosa. Mas, isso não faz de mim uma pessoa que não está disposta a mudar a forma de ver o mundo.
E eu olho as pessoas. distintas, de todos os jeitos e penso que sou também um ser diferente e que gosta de assim ser reconhecido. E isso é normal.
Não posso dizer que não me assusta muitas coisas novas que vejo a cada dia porque é exatamente isso: novo.
Eu olho, ainda com um olhar julgador, como já disseram outrora sobre mim.
-Peço que pare com isso Adriann_ Falo a mim mesma como se fosse culpa minha assim ser.
_Olha que short curto._Penso comigo.
Eu simplesmente tenho que deixar passar batido porque isso é normal. O corpo é dela e ela faz o que quiser. _Quer saber, vou qualquer dia de short para a faculdade.
Roupas, orientação sexual, uso de drogas, nada disso faz de uma pessoa ruim, mau caráter ou anormal.
Eu, por exemplo, faço jornalismo e estou, hoje, numa posição bem contraditória a minha escolha.
Você é tímida, tem que se comunicar com as pessoas, você não assiste tv, não lê jornal, é conservadora... Quero dizer que isso em nada impede que eu mude. O ser humano está em constante mudança.
A vida sempre disporá a nós desafios e cabe a cada um encará-los, caso ache que deva.
E eu tenho certeza que devo.
Pois o que faz de mim apta ou não  a minha profissão é meu posicionamento quanto aos passos que terei de dar para ser melhor nela e não a opinião dos outros.
E as pessoas que ingressam no curso de educação físcia se ludibriando julgando ser fácil ou às que as julgam elas pela escolha do curso: "Educação física?_ Ahh. Pensei que fosse algo melhor"_ Pensam. E só porque elas não sabem nada de anatomia são inapropriadas?
E quem faz nutrição e odeia química? Muda de curso?
Há uma coisa que se chama adaptação e ela serve para vários âmbitos em nossas vidas.
Perfeito não é aquele que entra no curso conhecendo todos os veículos jornalísticos ou revistas de referência, detendo opinião sobre tudo e debatendo com tamanha eloquência e convicção.
Perfeito não é ninguém, mas, possivelmente, aproximem-se aqueles que têm vontade.
O fato de não amar todas as matérias não faz de mim inapropriada à profissão.
O fato de eu não chegar todos os dias sorrindo e falando a todos com euforia: "Amo meu curso" não quer dizer que eu não o ame. Aliás, eu não amo. Eu gosto muito e o amor vem com o tempo. 
Quanto ao não sorrir, digo, nunca fui assim. Sim, eu o faço, mas não a todo momento.
Sou do tipo que diz séria: Estou muito feliz. _E não duvide você disso.
Da mesma forma que o fato de amar cantar não significa que canto bem ou que não desafine ou que ache que sei cantar.
Estou me adaptando e moldando-me ao que escolhi para meu futuro. às exigências e tudo o quanto for preciso para exercer bem minha profissão. Isso justamente porque gosto do meu curso e pouco a pouco, no MEU ritmo e não no dos julgadores de plantão, vou alcançar êxito em minha empreitada.
Assim como num relacionamento, adaptamo-nos.
Adaptamo-nos porque outrem tem defeitos ou adaptamo-nos pois embora pareça tê-lo tudo de melhor, há algo em que não havíamos parado para pensar quando começamos a gostar.
A timidez é apenas uma barreira. Não gostar de estudar disciplinas que exijam minha celeridade é outra. Mas, nada que não possa ser quebrado ou aprendido a gostar com o tempo.
Nada é perfeito e até as melhores coisas têm ao menos um ponto negativo.
Eu, que ontem achei ser detentora de articulação e argumentos para tudo, vejo-me um tanto ultrapassada pelos que comigo estudam.
Mas tudo isso é só um empurrão para que eu melhore e para provar a mim que não devo internalizar críticas de forma negativa. Por mais que elas soem, ainda que não propositalmente, em alguns casos, como forma de desmotivar.
Isso faz parte da vida e é disso que precisamos para sentir mais vontade de prosperar.
É normal. Estranho sería se não houvesse desafios. Pior, sería isso por demais desestimulante e cômodo.




domingo, 4 de setembro de 2016

Contentar-se com o incontentável

Vejo-me num estado de inércia nesse instante.
Estava a pouco refletindo  como gosto de fazer. Porém, um pouco mais, pois algo,de certa forma, atormenta-me.  Atormenta-me me sentir sem entender as coisas, não ter respostas ou me sentir a boba da corte.
Questiono-me como podemos ser,  por vezes,  tão inteligentes e outrora tão ignorantes.
Sería mesmo digno sermos julgado seres pensantes se demasiadas vezes ignoramos o ato de pensar?
[...] E pegam-me com semblante sério a olhar o horizonte.  Questionam-me sobre eu estar bem.
- Sim_ respondo.
Faz-me bem pensar na vida e tentar sanar àquilo que insiste em me perseguir.
Então, vêm-me inúmeras questões.
-Porquê nos contentamos com tão pouco?
Não se trata de pregar a ambiciosidade desmedida. Trata-se de abrir os olhos para a forma com que lidamos com nossa vida e com nós mesmos.
Eu, grande observadora da sociedade,  percebo pessoas "matando-se" por tão pouco, vejo outras se conformando com questões tão desprezíveis.
Nos inconscientes, talvez pensem serem indignas de algo melhor.
Quando não estudamos e nos fixamos àquele emprego medíocre que detestamos, por exemplo.
Ou quando se apanha ou se é traído pelo/a "parceiro/a" e perguntamos: o que ainda faço nessa situação?
E as respostas nos vêm sem certezas dos próprios emissores.
Como se tais nunca houvessem parado para pensar.
Indigno é sermos considerados pensantes e agirmos como verdadeiros acéfalos.
- ahh, mas eu nunca vou gostar de outra pessoa ou esse emprego pelo menos dá para eu sobreviver. ..PARA!!!
Para de se autossabotar, de transformar sua vida em um campo de conformação.
Para de aceitar isso e viver lamuriando aos que não tem nada haver; para de se achar incapaz ou de ficar falando: Será?  E não sair da etapa do questionamento.
Você é mais que isso e merece muito mais do que a vida tem te oferecido.
Não é que a vida seja ruim ou só te dê o pior.
Ela lhe oferece um leque de coisas, mas você quem opta pelo que quer.
Mas, olha só que legal: Ainda que você tenha feito uma escolha infeliz você pode reverter essa situação.
Muitos dizem que a vida é única, então nada mais justo que aproveita-la ao máximo.  Todavia,  para isso você precisa se desprender de tudo de ruim que você considera bom e se permitir buscar outras possibilidades.
A aceitação do ruim como concepção de bom é resultado da incapacidade de se deixar conhecer coisas realmente benéficas.
E agir assim só corrobora o quão errônea é a afirmação de que somos seres superiores.

PS1: Não quero doutrinar ninguém. Esse, assim como os outros, são textos de autoria minha e que tenho mais que direito de posicionar minha opinião.
PS2: Amo português, mas não sou professora. Portanto, sem cobranças acerca de possíveis erros.

#UmaHeliofóbica

sábado, 27 de agosto de 2016

Eu não sou um vegetal

Nunca fui fanática por cenouras, mas isso não me foi uma objeção à comê-las quando descobri que elas auxiliam no crescimento capilar.
Nem tudo que faço é o que gosto. Tal como é ignorância minha afirmar não gostar de algo sem provar. A façanha é comum a nós, seres humanos. Por isso perdoo-me.
Olhamos, por vezes, alheios e apáticos a certos outros. Por outras, sequer fazemos, como se aquele fosse à nós invisível.
E não pensamos nem o cogitamos pensar que as pessoas são mundos, complexos mundos que, por vezes, destoam do nosso. Mas, nenhuma delas, por pior que sejam a nosso ver, são como cenouras.
Quero dizer, nós nos alimentamos diariamente do conhecimento dos indivíduos e aprendemos, inclusive, a lidar com os mesmos, porque o mundo pede que façamos se queremos "viver em sociedade", ou "nos suportarmos dentro dessa sociedade".
As cenouras são a muitos repudiáveis e intragáveis, podendo não serem postas no prato. Dispensadas e ocultadas meio a tantos outros alimentos. Mas, pessoas não são alimentos. Por mais que muitas dessas sejam também, intragáveis, não podemos simplesmente apartá-las e torná-las inexistentes para nós. Taaa, até podemos. No entanto, não é essa a forma mais madura de se agir.
E, de repente, é possível passar de mocinho a vilão
De um inotável para alguém de quem se quer fugir
As pessoas estão progressivamente mais afetadas e mantenedoras da síndrome do "Isso é comigo"
Quem sou eu para falar?
Tenho um pouco dessas manias.
Não se deve olhar as pessoas como tábulas rasas. Em que não há passado, presente ou futuro.
Estigmas de uma vida, por vezes árdua. Sim, pois o calar não é sinônimo de inexistir. Inexistir problemas, virtudes ou conhecimentos.
O calar não é sinônimo de submissão ou de ser "Otária" (como fui adjetivada essa semana).
É, às vezes, sinal de respeito, e em grande parte do tempo, uma forma de evitar que medíocres ofensas inescrupulosas nos afete ou gerem uma turbulência.

_Calamo-nos porque somos tão sapientes da ignorância e imaturidade de outrem que é inválido interagir, revidar ou argumentar com quem é totalmente inflexível a ouvir opiniões discordantes da dela.

Omitir-se não é ser covarde
Cada indivíduo age de uma forma e é indispensável e insubstituível o respeito.

-R-E-S-P-E-I-T-O

Taí. Quem não souber o valor dessa palavra, talvez, de nada saiba ou coloque a perder tudo o que julga saber.
Vai além das oito letras e do simples ato de respeitar.
Respeito é empatia, é consciência, bom senso e educação.
Respeitar o outro é se ver também como um ser que pede respeito.
-"Não precisa morrer de amores, mas, precisa respeitar"_ Parafraseando uma clichê de minha mãe que, por incrível que pareça, foi a primeira frase que ouvi hoje pela manhã dela falando ao meu irmão e que por coincidência encaixei no texto.
Pessoas são gente, são vida, são histórias e mais do que aparentam serem.
Estamos cada vez mais reféns da modernidade que acabamos por esquecer ou ignoramos isso.
Grande erro, pois a falta de respeito é a carência de se colocar no lugar do outro e, como vivemos em torno de gente, somos também suscetíveis a sermos esquecidos como gente que somos.



domingo, 31 de julho de 2016

Uma hora acaba

Uma hora acaba a vontade de ver
Uma hora acaba a vontade de estar
Uma hora acaba a vontade de conversar
Uma hora acaba a vontade de fazer tudo que outrora era feito e que era muito legal para ambas as partes.
Mas tudo serve como lição e de tudo se pode tirar algum benefício.
Por mais que de imediato costumemos sentir aversão ou ódio ou repulsa, temos que compreender que a natureza das coisas é não ser perene, mas, sim, findáveis.
"Coisas boas se vão para que melhores possam vir". Taí,único ditado que eu sei. Se é que se trata de um ditado mesmo. Talvez seja apenas uma frase que li no facebook e me marcou.
Costumamos, por dadas vezes, congratular coisas que nosso subconsciente refuta, mas que fechamos os olhos da alma para tal perspectiva que diz não ser essa sua melhor opção de vida.
Mas, para minha alegria, a divindade que acredito está sempre a me livrar de tudo que a mim não será bom.
E quantas vezes algumas pessoas receberam oportunidades de emprego melhor, mas, por precisar de capacitação, abriu mão e preferiu o cômodo, fazendo-se acreditar na possibilidade de estar feliz nele?!
Não quero polemizar, mas, e as mulheres que apanham de seus maridos e optam por acreditar que essa é uma forma de demonstração de amor?!
Estamos constantemente nos apegando à nossa rotina e não nos permitindo uma visão progressista de nossa vida.
Ora, é tudo tão mutável, porque para nós sería diferente?
As coisas vão para dar lugar a outras, o mesmo vale para pessoas.
Eu não sou a pessoa mais religiosa do mundo, mas sempre costumo pensar que Deus sabe o que faz.
E é por isso que tenho me desesperado menos quanto às vicissitudes da vida. Pois para tudo há um ciclo de duração. Resta à nós aceitarmos e aprendermos a lidar com isso.




domingo, 17 de julho de 2016

Insuficiente sou

Pois, talvez,  falte em mim algo que lhe é necessário.  Bem como tu possa não ser o suficiente para me querer ter, quero dizer,  para me instigar veridicamente.
Pois, de fato, o que julgamos ser intrigador ou instigador em grande parcela das vezes não se passa de mera superficialidade.
Ou será que sou demais?
Prefiro não me ater a exemplificar o porquê da possibilidade.  Isso soaría por demais desumilde à muitos.
Será que somos pouco ou somos incompatíveis num âmbito mais além?
Prefiro, por vezes,  manter minhas escritas subentendidas, haja vista não só dar Ns possibilidades ao leitor, tornando o texto mais dinâmico, bem como me permito escrever sobre o que a inspiração da vez confere, sem abrir mão por completo de minha privacidade.
Por vezes penso que possivelmente todo o esforço que faço é invisível à sociedade,  então será mesmo que gasto tempo a mendigar aceitação e aprovação da mesma?
Sou eu insuficiente porque?_ Questiono.
E não pense leitor que estou em um outro momento depressivo. Ao contrário,  desde que a faculdade começou desconheço tal estado de espírito.
Estou apenas em momento de ápice de pensamentos que de tanto não caberem em mim tenho a necessidade de transcrever e assim, quem sabe,  tentar me compreender.
Sou eu insuficiente pois não sou o suficiente inteligente ou interessante ou bonita ou habilidosa, prendada, prodígio,  engraçada ou porque não cedo ao que julgo não dever ceder?
Mas é tudo tão relativo e há certo tempo tenho parado de buscar a perfeição em algum âmbito, pois jamais serei suficiente.  Enquanto houver humanidade sempre haverá quem se sobressaia,  sempre haverá quem conteste ou ponha defeitos, sempre haverá alguém que, por mais que você esteja dando seu melhor julgue-te ignorante ou feia ou mal humorada ou seja lá o que for. Pois as coisas são interligadas por uma porção de muitas outras que funcionam conjuntamente e separadas não vão a lugar algum.
Talvez eu sempre seja insuficiente a alguém por que é a razão de ser e provavelmente é inútil perder tempo tentando ser se as pessoas ou a pessoa não queira que seja. Alguém consegue me compreender?
Por favor,  diz que não estou só jogando palavras que estão vindo em minha mente.
Mas de fato é o que estou fazendo,  pois estou num momento eureca.
Insuficiente sou, inclusive,  para mim.  E quer saber,  talvez não devamos nos contentar nunca com o que somos, devemos agradecer por nos sentirmos insuficientes desde que tenhamos vontade de suprir o que julgamos carecer.
Ser insuficiente para alguém ou para algo nem sempre é ruim. Às vezes julgamo-nos assim ser sem saber que o suficiente para aquele algo é muito inferior a nós ou é algo por completo distinto.
Ser insuficiente não é ser inferior. Às vezes é estar no lugar errado com pessoas ou coisas ou tarefas erradas numa tentativa de achar a certa para que nos completemos e nos sintamos suficientes.
Estamos sempre em busca de um agrado alheio,  mas quem precisamos agradar somos nós mesmos,  pois nós somos completos para algo ou alguém só bastamos saber de quem ou de que se trata. E quando soubermos,  não precisaremos buscar avidamente suprir o que falta, pois de fato já tinhamos tudo.
 Estavamos apenas em um estado narcótico,  tendo uma visão superficial do que somos, nos valendo do palpável e visível aos olhos do homem, e sem saber do que determinada coisa é para nós.

#UmaHeliofóbica

domingo, 10 de julho de 2016

Eu sou de humanas

Então, essa semana começou a famigerada faculdade e tudo isso ainda está sendo muito estranho para mim.
No geral, ao menos para minha turma, não tivemos sequer uma aula, pois julgaram necessário fazer uma calourada, não participei.
As primeiras impressões que tive ao chegar, por sorte não foi pânico. Acho que já superei isso.
Uma menina que veio comigo no ônibus *super desincentivando-me a permanecer na UFS* me levou até minha didática e lá eu me virei para achar a sala. Não foi a tarefa mais íngreme que já realizei.
Havia muitas pessoas na minha turma e eu só reconhecia uma dentre todas aquelas que eu já havia olhado no site no dia anterior.
_Ela é minha professora de geografia, se ligue para fazer trabalhos com ela_ foi o que minha amiga disse.
Geralmente tenho sérios problemas com questão de trabalho,  pois parece que constantemente meu objetivo (estudar) diverge do das outras pessoas (brincar). Inclusive essa semana tive mais uma discussão no curso do jovem aprendiz por conta de tal...
Ao entrar na sala e me deparar com aquele montante irreconhecível percebi uma luz, a tal professora estava na cadeira do outro canto da parede da sala.  Não se trata de interesse,  aliás,  sim, interesses em comum: dedicar-se ao curso.
Nem ao menos olhei para ela, a mesma se encontrava mexendo no celular.  Apenas abri meu dicionário e comecei a ler e anotar em meu celular palavras possíveis de serem usadas.
_ Pessoal, curso de comunicação social.  Vamos interagir.
Nesse momento duas pessoas extremamente desinibidas convidou a mim e outras pessoas que ainda estavam em classe para sair da sala e conversar.
_ Nome,  idade e signo_ Fiquei: Whats? Agora entendi porque tenho certa inclinação para gostar de signos.
E depois uma menina cujo rosto é bem harmônico se pronunciou: -Alguém aqui é bi?
Eu fiquei: Cadê minha mãe? !_ pasma, como diz a mesma.
Logo algumas palavras foram trocadas entre mim e a tal professora, mas, de fato o primeiro dia serviu para eu me situar sobre onde eu estava e porque estava ali.
Trocamos de sala na segunda aula (que não teve também), a turma de medicina saía de lá e o menino que ficou conhecido por passar aos 14 anos nessa área estava junto aos outros alunos.
Os veteranos de nosso curso vieram nos dar as boas vindas e principiaram a fazer uma dinâmica após falarem sobre a programação e o quanto amam festinhas.
_E quinta-feira, teremos festinha à noite. Queríamos uma festona, mas sexta é feriado. Não tem problema, faremos essa festinha e outra festona depois. Teremos várias festas.
[...]
Cada um escolhe um objeto,  diz o porquê e fala o nome, a idade e o signo.. sim, de novo o afamado.
- Eu escolho a coroa de rosas, porque ela é fofa e delicada igual a mim_ awnn, ouvi um couro e senti minhas bochechas ganharem coloração rosada.
-Eu escolho a seda_ Whats? ?_ a professora questionou. assim como eu, ela não sabia de que se tratava.
_serve para enrolar coisas_ compreendemos.
Preciso dizer sobre a reação de minha mãe quando contei sobre o primeiro dia?
_Mãe, acho que não vou mais essa semana porque não vai ter aula
_Por mim você nem voltava lá
_E a festa, eu vou _Você não vai para festa nenhuma não_ kkkk falei brincando. Até então eu nem gosto de festas.
Mas, é claro que eu não vou sair de lá.
A UFS pode ter seus pontos negativos, como outras faculdades têm. No entanto, ela é a chave para grandes oportunidades. E eu tenho certeza que aproveitarei tudo que for bom e construtivo para mim sem deixar que me desvirtuem.
Mais que ter UFS no currículo eu tenho a chance de fazer curso de inglês grátis,  participar do ciências sem fronteiras e até transferir minha faculdade para o sul.
As dificuldades, elas virão independente de onde se esteja. todavia, todos os momentos ruins que tive serviram para me fortalecer e torna-los menos abruptos quanto parecem ser.
Essa semana teremos, enfim aula e estou, agora, ansiosa e disposta a dar meu melhor.
- Você tem que levar as coisas menos a sério._ É o que as pessoas dizem
Mas eu sou assim.  Se não é para dar meu melhor não sei porque participar

#UmaHeliofóbica

domingo, 19 de junho de 2016

Você é linda!!!

Eu nunca fui um ideal de beleza. Aliás, talvez tenha até sido durante uma parcela de tempo em um seleto local, mas, nem sempre foi assim.
Quando criança, olhava-me no espelho e pensava, por razão desconhecida já que eu não vivia isolada da sociedade, que todos detinham a mesma aparência que a minha.
Sempre fui muito vaidosa, porém antes de meus 13 anos ainda não tinha uma opinião alienada sobre o que é ser belo ou não. 
Embora eu me lembre, nesse momento, de uma cena em que eu chorava em pleno natal por me sentir feia no vestido novo que eu mesma escolhi eu não me importava tanto com a aparência.
Eu fui, até o último ano do ensino fundamental, a menina que prendia o cabelo num rabo de cavalo baixo, fazendo-os ficarem lambidos; usava a camisa da farda, a única que tinha, surrada; um tênis não muito atrativo e fui chamada atenção pela coordenadora por estar usando uma calça curta o suficiente para ser substituída.
Eu sempre fui a menina tímida que ficava no canto e que passou a sentar no fundo ao ser intimidada no 1° dia de aula na 3° série.
Eu nunca fui um ideal de beleza, mas ainda assim sempre houve quem me achasse bonita.
Eu era a garotinha zoada e que era zoada pela magreza ou baixa estatura ou pelas vestes ou por ser muito quieta e calada...normal, mas hoje eu sei lidar melhor com isso.
No 2° ano do ensino médio as coisas mudaram bastante. Meus cabelos estavam suficientemente grandes para chamar atenção, embora esse não tenha sido meu foco quando deixei que crescessem, minha pele era ornada por um pouco de maquiagem; eu aprendi a ponderar depois de ser escarnecida no 1° ano; agora o perfume não era mais esquecido, assim como alguns acessórios e um tênis legal..
PS: A calça não era mais pescador.
Sem dúvida esse foi o período em que mais elevou minha autoestima. Mas, 2013 acabou e eu terminei a escola, meus cabelos foram cortados e eu já não era mais cercada por jovens a todo momento ratificando-me sobre o quanto sou linda. Faz, agora, cerca de 2 anos e 5 meses.
Talvez muitos julguem bobagem, todavia autoestima é algo relevante independente do sexo e que pode super ajudar ou ferrar alguém.
Ano passado abri mão de mim para estudar para o vestibular e o que mais ouvia era: "Da dó um cabelo tão bom e descuidado" ou "Coloque um batom" ou "Vai com essa roupa?"...mas eu simplesmente não estava nem aí. Eu me sentia feia porque simplesmente não tinha mais a multidão me dizendo que eu sou bonita.
Percebia-me perdendo horas a olhar perfis de garotas que eu julgava e ainda julgo lindas e tinha-nas como ideais do que é ser belo, mas o pior é que são belezas distintas da minha e você sabe o quão é frustrante correr atrás de algo que você não vai ter?!
Não foram raros os momentos em que me vi para baixo, pensei em fazer coisas para mudar, usar lentes, fazer cirurgias e você sabe o quão é irritante para uma pessoa que se acha um lixo conviver com alguém falando a todo momento o quanto se acha linda?!?
Passei a tratar a questão aparência como foco de minha vida e esquecer de todo o resto. Passei a admirar todos e esquecer de mim. Sabe por que? Porque eu era dependente dos elogios para saber que sou linda senão eu não era capaz de acreditar nisso.
Sobre os perfis que via e vejo, sim, são meninas excepcionalmente lindas, milimetricamente simétricas e harmônicas, mas olha: Estou falando isso pois não sou só eu que mede a beleza em cima de estereótipos.
Deixa eu dizer: É fácil ser e se sentir bonita quando você está enquadrada no padrão. 
Possui olhos claros, cabelos lisos e loiros, e pele branca. Pois a mídia exaustivamente nos fala que isso é ser bonito e a sociedade venera esse padrão. Ao menos aqui no Brasil.
Quero ver quebrar esse rótulo e se achar linda, se amar e se sentir autossuficiente. Admirar a beleza dessas moças, mas não trocar a sua pela de nenhuma delas.
Ultimamente, na última semana mais precisamente, tenho tentado trabalhar isso em mim, confesso ser difícil parar de olhar fotos de outras e focar em meu eu.
Olho-me mais ao espelho e digo o quanto sou linda e vejo que isso é possível que seja verdade, pois beleza é relativo, beleza é diferença, beleza não está enquadrado em um perfil, ela está na miscelânea. 
A beleza quem faz somos nós e não a mídia.
Ame-se do jeito que você é, cuide-se sempre e nunca se inferiorize ou se culpe ou se odei por não ter o rosto ou os olhos ou os cabelos de alguém. Você tem o que deve ter e deve amar cada detalhe que lhe foi dado, pois são eles únicos e é cada um deles que faz de ti tão linda do jeitinho que é!!!
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