domingo, 27 de setembro de 2015

A Maturidade

Não sei se sois eu a pessoa mais madura que conheço. Aliás, sei eu que não. Principalmente se for levar em conta o que foi dito essa semana pelo meu professor a respeito de maturidade ser traduzida principalmente pela questão da idade.
E digo que ele foi feliz ao não generalizar, uma vez que, posso não ser o ser mais maduro, mas, em minha concepção, sou bem mais que muitas pessoas que conheço e que são mais velhas que eu. Mais velhas não um ano ou dois anos, muitos anos para lhes ser mais exata.
 [...]
Hoje acordei um tanto inspirada e estimulada. A verdade é que minha vida está um tanto corrida, mas o que isso acrescenta à vocês não é?
Há alguns anos eu não sei se daria conta nem de metade das coisas que faço atualmente e é interessante perceber como a responsabilidade é nos dada a medida em que adquirimos a capacidade de cumprir com as mesmas. Em tantos momentos me vejo, não incapaz, mas receosa e temerosa. Protelo muitas das coisas por medo de não conseguir o êxito esperado por mim e pelas pessoas a minha volta.
Hoje estou feliz porque consegui fazer uma parte do relatório de estágio do curso 2 que eu tanto preteri e que achei que não conseguiria e isso foi um estímulo para otimizar meu dia, assim como pedi em minhas orações ontem.


Quando falo em maturidade não me restrinjo a uma em especial, mas num sentido literal e quando me vejo numa amplitude penso que ainda falto muito mais do que as pessoas pensam e, as vezes, eu mesma penso carecer. Mas, então penso, nesse dado momento em que redijo: "Talvez eu não tenha maturidade para alguns campos da vida porque a mim não foi dada a oportunidade de me "mostrar" ".
Acredito que há fatores que nos auxiliam no adquirir dela, e tais fatores agem conjuntamente. Há quem diga que só o tempo nos ensina e nos ajuda. Eu discordo, haja vista que, quando dizemos que o tempo é o único capaz de nos dar maturidade afirmamos que todas as pessoas mais velhas são maduras. E isso "É MITO".
Sempre fui uma menina muito amadurecida para algumas coisas, como a responsabilidade para com minhas obrigações, dedicação, foco, consciência do que é certo e errado e também com a questão de como eu lido com minhas finanças. mas isso porque é inerente a mim. Depois que saí da escola eu percebi que mudei extremamente, intrinsecamente. Meu modo de pensar, algumas atitudes e comportamentos. As experiências que a vida me propôs, a maior demanda de obrigações e as pessoas ao meus redor foram e continuam a ser fatores relevantes em minha formação como indivíduo.
Às vezes, paro e penso que sou uma pessoa chata. Chata por meu jeito certinho e responsável ao extremo. Por estar lendo um livro para o vestibular ( que por sinal é daqui a pouco menos de um mês) enquanto as outras estão indo à festas. Mas, daí eu repenso: "Cara, eu nem gosto de festas". Sou chata mesmo kkkk.


A verdade é que cada um tem seu jeito e, embora eu tenha um pouco de dificuldade para lidar com muitos temperamentos, estou aprendendo aos pouco a respeitar isso. Não é gostar nem concordar com tudo. Vocês sabem que eu sou a chata contestadora. 
...E, hoje, eu percebo que a imaturidade é só uma fase da vida, que com uma cabeça boa e com o tempo certo a vida vai auxiliando o indivíduo para que este avance.
Há vezes em que eu me pego julgando muitas pessoas por sua imaturidade. Mas, que culpa tem elas? Aliás, refiro-me agora a pessoas de minha idade ou outras um pouco mais novas e, então, eu relevo. Relevo pois talvez eu tenha nascido um tanto diferente ou tais pessoas ainda não tenham tido a oportunidade nem o tempo suficiente para evoluir.
Relevo, pois há questões tão mais problemáticas e outras que realmente são dificultosas de se lidar.
Relevo, pois imaturidade é um período da vida, que tem a possibilidade de passar. 
Relevo, pois imaturidade não é falta de caráter e as "mancadas" que pessoas que não detêm a maturidade para certas questões o fazem é por simplesmente não saberem ainda lidar com a situação.
Relevo pois já fui imatura e muitas pessoas já relevaram para mim.
E assim, mostro mais uma vez o quanto estou amadurecendo e fico feliz quando a vida me oportuna a possibilidade de auxiliar outras pessoas no processo de amadurecimento.


sábado, 19 de setembro de 2015

Quando você acha que errou quando tentou não errar

Nem sempre a boca fala o que queria falar e, talvez tenhamos de agradecer por ter ao menos domínio disso.
Mas às vezes se faz necessário o fazer.
Se faz necessário porque a vida não é fácil,  mas isso não faz dela ruim.
Se faz necessário porque ela nos ensina com os erros para que não repitamos os mesmos.
E repetimos e repetimos e repetimos, mas talvez essa não seja uma questão restrita a mim. Talvez seja questão de tempo até que conseguimos adquirir coragem suficiente para falar o que a boca não quer falar.
A gente grita, as vezes chora, mas no fundo nos sentimos orgulhosos. . Sim, sim.. orgulhosos de nós mesmos que vinhemos em todos esses anos batendo na mesma tecla. A tecla do "erre de novo", e dessa vez você foi forte. Mais forte do que imaginaria.
Mas, pere aew... e se era cilada da vida? E se dessa vez era sério? Se dessa vez a vida nos deu a chance de tentar?
E se você deixou a chance passar?
Não olhe para mim, sou tão imatura quanto a certos assuntos que me desconheço.  Chego a ser chata, repetitiva e talvez pior que criança mimada. Mimada pela vida? Acho que não.  Ela nunca facilitou para mim. Ela nunca me beneficiou por eu ser detentora de alguns atributos extra... que culpa eu tenho se quis dessa vez não errar? E talvez eu não tenha errado, mas é tudo confuso.  Acho que faz parte da vida.
Talvez seja cedo para dizer um sim ou um não.  Talvez seja cedo para dizer se errei outra vez e se esse foi um erro diferente dos outros.
Sou tão jovem, humana e falha.
Não me julgue,  sou só uma garota,  uma eterna garotinha.


sábado, 5 de setembro de 2015

Quando simplesmente cansamos...

As janelas revelam a mesma visão monótona,  a mesma sensação premeditável de sempre.
No salão de festas há pessoas que bebem e comemoram sei lá o que. Aliás,  estão sempre a comemorar, ainda que com tamanha crise.
Mais dois prédios serão entregues desde o meu e eu já nem sei se isso é bom.
Minha cama está intacta e a pretensão é que assim proceda até o vestibular passar. O quarto segue no mesmo rumo e por intacto não significa arrumando.  Nem arrumado do meu jeito seria.
Eu achei que tudo isso pudesse ser mais legal, que as pessoas fossem mais sociais e que meu entusiasmo fosse perene.
Sabe que cansei de seletas coisas, de seletas mesmices e nem meu estudo dinâmico tem sido tão dinâmico assim.  Sabe que a rotina cansa, e não importa o quão diferente ela seja. E não importa o quão você diga que adora sua rotina. Eu chamo isso de comodismo.
Só espero que tal estado de estupefação em que minha vida se encontra dê uma mudada em breve porque eu simplesmente cansei.
Cansei de ler, cansei de dinamizar, porque até a coisa mais dinâmica cansa...
Cansei de postergar a diversão,  mas como posso pensar em divertir-me com o vestibular há pouco menos de 2 meses por vir?
Como posso pensar em sair ou jogar tudo para o ar se meses não são dias e se os mesmos meses não são poucos meses?
Admito que andei negligenciando, mas isso, falo por autodefesa, que pela pressão que pus sobre mim e por outras tantas circunstâncias que a vida me apresenta todos os dias.
Todos estamos suscetíveis a isso,  mas daí desistir? ??
Nunca fui do tipo que desiste. Principalmente em se tratando de questões que julgo valer à pena. Pois jogar ao ar é perder vida.
Deixar as coisas incompletas, por fazer... é falta de compromisso consigo mesmo.
Eu não sei se é coisa da idade ou se no fundo não estou em nível de maturidade para lidar com uma rotina por vezes tão aturdida, por outras fadada à monotonia. Mas por enquanto é isso que está sendo a mim proporcionado. Minha vida é como uma gangorra, alusão clichê,  altos e baixos. Sou movida pelo momento e pelas emoções.  Conforto-me apenas por saber que não há nada que dure para sempre, e se durar é porque possivelmente há algum erro e talvez esteja em mim que não me permito mudanças devido ao conformismo da situação.

#UmaHeliofóbica