sábado, 29 de agosto de 2015

O que se deve fazer?

Há poucas semanas estive no dentista e lá tive o desprazer de conhecer uma senhora. rsrs' Tôo brincando!
Bem... a verdade é que ultimamente com maior intensidade que o normal as pessoas parecem estar progressivamente a me desestimularem quanto à minha profissão.
Essa mesma senhora estava realmente afoita por fazer uma lavagem cerebral em minha cabeça. Digo, pois foi de forma intensa que ela tentou me convencer a mudar minha opção na faculdade.
-Você tem que escolher a área do petróleo que ganha dinheiro
-Mas eu não gosto dessa área. Do que adianta fazer uma coisa se eu não gos... _Mas todo mundo precisa de dinheiro para viver_ Ela me interrompeu
-Eu sei, mas não preciso de tanto dinheiro _Medicina? -Não gosto _Você deveria ser dentista. Eles ganham muito dinheiro -Moça, eu já sei o que eu quero para minha vida
-E o que você quer para sua vida? _Jornalismo _Respondi _Ahh mas isso não dá dinheiro. Nem tem área aqui. _Não tem problema. Não tenho apego pela minha cidade _Respondi cessando a conversa. 
Isso porque uma menina que iria tirar os pontos do siso que arrancou sentou ao meu lado e começei a conversar com ela.
Sei, eu sei... Fui mal educada com a senhora, mas ela foi mais mal educada querendo fazer as escolhas por mim. 
Será que dá para as pessoas compreenderem que as coisas não se resumem ao dinheiro? Ou será que eu quem estou defasada?
Penso que o amor pelas coisas que se faz está sendo posto de lado e que as pessoas em meio à crise atual em que o país vive tem tal como maior incentivador da atenção voltada ao dinheiro.
Você precisa de dinheiro para viver ou imagine algo que você gosta muito...você precisa de dinheiro para comprar. _São argumentos comuns
Mas e se o que eu mais gosto não for comprado? E se eu valorizar as coisas simples?
A sociedade foi corrompida ou eu sou a minoria que pensa assim?
Será válido o amor real quando ele não parece ser mais valorizado?
Sinto-me em um dilema, tentada a converter-me não pela mudança de valores, mas por não ser madura o suficiente para lidar bem sob pressão.
E se eu escolher algo que dá dinheiro e que eu me sinto infeliz fazendo?
Será que compensa?
Será mesmo que compensa chegar no trabalho torcendo para sair, olhar para as pessoas com raiva? 
Ahhh, mas quando o dinheiro entrar na conta você esquece isso _É o que as pessoas dizem
Será mesmo? não sei...


Já vi que minha chance de morrer pobre só multiplica, levando em conta também o fato da não valorização da leitura.
No entanto, enquanto um argumento de peso não me for dado.
Enquanto eu não descobrir que minha vocação é outra
Enquanto me sentir bem escrevendo é isso que continuarei a fazer
Não importa o que falem, as crises que venham ou eu proceder sendo minoria...Tudo bem, sempre dei um jeito e, visto eu acreditar que quem faz a profissão é o profissional, pois então procederei com meu pensamento, pois eu acredito saber o que é melhor para mim e saberei exercer bem minha função!


sábado, 22 de agosto de 2015

Devaneios... Falta de educação...Será que tem o que fazer?

A medida que o tempo passa nossas prioridades vão mudando, nossa mente vai mudando e o que outrora eramos alheios passa a ter relevância para nós.
Lembro quando há alguns anos eu batia os pés, gritava e saía do local ao ouvir algo que me desagradasse. E hoje ponho-me em silêncio, em aparente pacificidade ao ouvir algumas besteiras.
Lembro que quando ao lavar os pratos desperdiçava pelo menos uns mil litros de água e ao banhar-me outros mil. E hoje exaspero-me ao ver desperdício.
Lembro que não compreendi quando não ganhei de uma só vez os dois tênis que tanto achei lindos. Lembro que só ficava ao celular, não fazia nada de útil e não ajudava de maneira alguma em casa. Talvez apenas esse último ainda perdure, porém não com a mesma intensidade e, dessa vez, por uma boa causa. (estudos e rotina totalmente preenchida por outros afazeres). E hoje ponho-me a vivenciar tudo isso novamente, com as pessoas a minha volta.


Embora para muitos não pareça eu digo: "Não sou uma pessoa de fácil convívio". Ou será que estou eu repetindo isso de tanto minha mãe falar? Nunca saberei....
Eu sou chata, quero tudo certinho e do meu jeito, metódica, talvez, e há quem diga que perfeccionista. Mas quanto a essa última característica falo que fique tranquilo, uma vez que meu perfeccionismo é mais voltado a minha pessoa. Acho que minha cobrança desmedida sobre mim tem sido o motivo de meus desânimos ultimamente. Como forma de defesa digo que estou mais flexível. ou ao menos tentando estar.
Hoje penso o quão difícil é lidar com gente e, talvez, isso seja culpa do lugar onde moro. Isso porque, não numa totalidade, mas grande parcela das pessoas daqui são um tanto mal educadas. O que para mim transpassa uma péssima imagem do estado, pois todos que vem de fora e já falaram comigo repetem isso. Sem dúvida uma característica que me deixa mais maleável e tendente a um começo de amizade é em se tratando de pessoas educadas. Costumo dizer que é até estranho quando alguém me trata de maneira afável e filantrópica. É como se quisesse algo em troca kkkk. "Sergipana desconfiada detected".


Hoje penso bastante a respeito e isso aguça vontades em mim. De fazer a diferença e ensinar às crianças, seres cujos ainda tenho esperança, que somente bons hábitos devem ser venerados e cultivados, ou senão, ir-me daqui. Mas, quanto ao último falta-me coragem. 
Sou eu tão desprovida de tal. Medrosa e paticamente uma angiosperma, com as raízes presas a minha cidade. Não é amor, é medo do mundo a fora e das dificuldades que também encontrarei por lá.
Hoje penso no que realmente vale a pena, pois o mundo está se deteriorando a passos largos, sem que as pessoas movam-se para ao menos dizer: "Tentei impedir". Essas estão presas ao cômodo e cada vez mais ensimesmadas e egocêntricas.
PESSOAS___PESS___PES__PES___PE___SOAS__SO___PESSOAS
Não. Não as odeio, aliás, pudia eu odiá-las sendo eu também uma?
Perdi as contas de quantas pessoas maravilhosas já me vieram. Ajudaram-me, levantaram-me, Influenciaram-me de boa forma. Mas acontece que o homem parece ter sido programado para ver o pior em tudo. Ou seria eu pessimista? Não mesmo.
Quando penso em criticar mães que não sabem educar pondero-me, haja vista, não saber se faria melhor.


... E as crianças, seres cujos ainda tenho fé, encontram-se corrompidos por trejeitos e maus exemplos dos pais e da sociedade.
Sim, os pais...Cada vez menos pacientes, cada vez com menos tempo e menos a oferecer. Pois não me refiro a bens de consumo. E que são hipócritas. "Exigem o que não cultivam, tratam filhos como forma de exibicionismo, prezam profissões que os reguem de dinheiro, reclamam quando as notas são inferiores a 9 e 10". Mas não cultivam. Mas não ensinam, não dedicam tempo e afeto. E a "esperança da sociedade" vai se tornando cada vez mais vazia de tudo. E de quem é a culpa??? [...]
Talvez eu nunca sirva para ser mãe, pois "menino maluvido" _como diz minha avó_ comigo não se cria. E a sorte de muitas mães de tais, ou melhor, a sorte dos mesmos seja que não sou eu a mãe deles.
Se quer saber a esperança está pouco a pouco se erradicando, a paciência se esgotando e, como sempre, não tenho um prognóstico da situação. Infelizmente.
Meu horóscopo disse para eu cultivar minha intuição. Nem parei para refletir, até isso já não levo mais em conta.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Uma apologia ao meu presente em relação ao meu passado não tão distante

Não tão distante, por assim dizer, pois me restrinjo, nessa escrita, a um período específico de minha vida, mais precisamente a pouco mais ou menos que dois anos.
A minha volta, onde quer que eu esteja, sempre há alguma garota que me lembre de meus tempos de ápice no ensino médio.
... E desfilam como se não houvesse amanhã. E o fazem por crerem serem as únicas que no ambiente abalam. E talvez o sejam, por fazerem parecer que sim.
Os cabelos são longos e pranchados, quando não, quanto ao último, com algum método de alisamento similar.
E eu que tinha extensas madeixas, que por sinal deixavam os garotos extasiados, pareço agora ter aposentado-me. Às vezes ponho a inconformar-me, por ser em demasiadas ocasiões posta de lado.
Os cabelos estão curtos, o espelho não suporta ver-me maquiada, perfume quando lembro, unhas curtas e desmaltadas(acho que esta última foi um neologismo de última hora), a roupa? Vejo-me ao menos 90% do meu dia fardada.


Quem outrora era o centro tornou-se escanteada. Totalmente desalentada e inconformada sinto-me  ao ver que o exibicionismo impera em muitas faces tantas vezes desprovidas de harmonia. Talvez bastem seus belos cabelos.
Sim, os cabelos.
Lembro quando os meus eram famigerados e hoje passam batidos.
Lembro que todos veneravam, deificavam-os e eu nem questionava se eram tão belos quanto diziam.
Talvez seja essa uma das razões pela qual deixo que eles cresçam novamente.
Assim como Sansão, ao menos metade de minha força está em meus cabelos.
Mas sabe que prefiro essa minha fase atual?
Não que seja legal ver-me por vezes desleixar e negligenciar. Mas ser um ser menos dependente da beleza, poder mostrar que tenho conteúdo e ver que quem fala comigo não é pelas belas madeixas é deveras aliviante.
...
Desfilam! Simplesmente desfilam, pois talvez seja a única coisa que saibam fazer.
Talvez os cabelos sejam o melhor que têm a oferecer e quanto ao resto...pelo que percebo falta-lhes.
E é por isso que me orgulho do meu eu atual. Haja vista, no passado eu ser esse ser que no agora vivo a criticar, a julgar ignóbil, talvez de forma exacerbada, mas, pelo sim, pelo não....Um ser que eu não quero mais ser.


sábado, 8 de agosto de 2015

Felicidade Utópica?

Às vezes penso que a incessante busca pela felicidade nada passa de um mero ideal.
Haja vista que há muito pensei: "O que fará de mim feliz? Serei feliz quando possuir tal coisa!" e daí possuía e não me via mais alegre. Aliás, até sim, mas por tempo determinado.
O ser humano foi programado para querer sempre mais e talvez seja por isso que nunca estejamos satisfeitos, porque a felicidade não estar no ter. Vejo, hoje, a felicidade ser os bons momentos. Que por sinal são passageiros, por isso procuro aproveita-los ao máximo, muito embora nem sempre seja uma tentativa bem sucedida.
Uma vez um colega perguntou se eu era feliz e eu me espantei com a pergunta, mas, respondi que sim. Isso ficou me corroendo por algum tempo, no entanto, depois se foi.
Se tornei a pensar nisso? Todos os dias e ainda não cheguei a resposta certa. Eu sinceramente de nada sei.
É mais fácil para mim responder: Estou feliz agora? "Sim" ou "Não". Mas como um definir de minha vida, não. Leitores, reparem em minha teoria: "Se a felicidade é tida nos bons momentos da vida e se tais momentos não são perenes, logo, é equivocado dizer -sou feliz-, como se este vivesse em estado pleno de felicidade. Já que todos passam por tristezas e alegrias, e como os bons momentos também fazem parte, o certo é dizer se está feliz ou não".
Há vezes em que estou feliz e nem sei o porquê, em outras me pego em um estado de nostalgia e reflexão. Parada, melancólica.. Não, não. Não tenham dó rsrs'. Acho que isso acontece com todos. Ainda mais comigo que sou um tanto exótica.
Costumo dizer que fico feliz por poucas coisas, que para mim são muitas. Assim como fico triste por outras poucas ou me estresso muito facilmente por "bobagens". Por exemplo, quando faço um texto muito bom eu fico extremamente feliz, bem como chorei rios há alguns meses quando mostrei uma redação a uma professora que já corrigiu redações para o enem e ela me deu 8. Acho que uma das piores coisas é você se sair mal em uma coisa que você é tecnicamente boa e adora fazer. Esse texto, por exemplo, não considero um dos melhores, nem ao menos deveria estar dizendo isso, mas fazer o quê? 
Quanto às redações, ando treinando bastante e acredito que estou consequentemente evoluindo.
Basicamente eu amo me superar e odeio quando vejo-me regredir.
A música me relaxa, sentir-me inteligente faz-me ver que não faço parte da grande maioria das meninas de minha idade que vivem restritamente, comer é uma dádiva muito embora eu me limite ao fazer, estudar é uma possibilidade a mais de crescimento e para quem acha que não eu digo que a felicidade também pode ser obtida através de tal. Gosto de sentir-me útil e diferente, muito embora minha diferença faça de mim tantas vezes muito insegura se comparada a "normalidade" das outras garotas de minha idade.
Se sou feliz não posso ao certo te responder, mas digo que estou muito feliz e vejo-me assim quando paro e reflito sobre meus feitos e minhas ações. Quando vejo que poderia estar "matando, roubando, me drogando ou ingressando no narcotráfico", isso para não falar outras coisas. Estou apenas vivendo minha vida, embora muitos digam que isso não é viver.
Será que é contradição dizer que sou feliz porque tenho planos e sonhos? E porque tenho condições físicas e emocionais de correr atrás dos mesmos? Talvez eu nunca saiba responder, e talvez nem mesmo seja essencial tal resposta.
Talvez a felicidade não precise ser conceituada como tal, nem você precise ficar se afirmando para as pessoas. Digo que basta apenas não restrigi-la. Uma vez que restringir é se limitar e quando você o faz ao pôr em objetos, pessoas ou até mesmo futilidades você mesmo impossibilita a sua chance de ser feliz.






sábado, 1 de agosto de 2015

Homens também falam!

Há bastante tempo, aliás, durante muito tempo cresci com um paradigma que a sociedade pôs em minha cabeça: "Mulher quando se junta só sabe falar de homem".
Sim, sim. Exatamente desse jeito, sem direito a concordância nominal ou coisas do gênero.
Aceitei, pois é o que se deve fazer quando não se tem um contra-argumento e suas colegas da mesma espécie corroboram o dito generalizado.
Mas, eu não sou assim _ Pensei. 
Até que há alguns consideráveis meses a vida me mostrou não que a voz do povo não é a voz de Deus. _Sim, mulheres falam de homem,  embora eu não concorde que a todo momento, tampouco que todas o façam, quero dizer.... kkkk é notório que muitas preferiam sê-los que falar dos mesmos_ mas isso vai do gosto de cada uma. Enfim, o que eu descobri é que o personagem anteriormente secundário nesse papo, ou seja : "De quem se fala", também fala de mulheres e cá para nós:" Falam tanto ou muitas vezes mais que nós". Fato consumado, provado pelos mesmos, ainda que involuntariamente._Não 1, não 2, não 3_

É muito engraçado,no entanto, não sei se é mais engraçado a vida me mostrando isso ou todas as vezes que ouço tais falarem e por incrível que pareça, ou não, já ouvi falarem mais mal que bem.
Homem é tudo besta... Quando a guria é gata ficam babando, mas quando são feias eles DETONAM SEM DÓ. -Não há meio termo_.
O mais legal é que eu fico numa vontade louca de entrar no assunto, quando não, seguro-me para não rir. Porque, sem ironia nenhuma, É MUITOO ENGRAÇADO!!!

Reboque?
Um dia desses tinham dois garotos conversando sobre uma menina que um deles viu no ônibus e achou muito gata, mas que ele não conseguiu "chegar nela". Eu além de rir acabei entrando na conversa e mandei ele falar com a menina porque se ele não fizer ela provavelmente não fará e no máximo ele pode levar um fora, mas é normal porque acontece a todos. Percebi que os "homens", pelo menos atualmente, não todos, mas grande parte, tem um medo TERRÍVEL de tomar uma iniciativa.

 Há alguns meses quando conheci meu primeiro e até então único colega aqui do condomínio foi numa situação similar. Eu tinha descido para ler nuns banquinhos e então ele estava conversando com um amigo, falando de várias garotas "Fulana tem o apelido de Reboque, porque vive cheia de maquiagem" "E o cabelo de siclana, que ridículo" "Não, não, isso porque eu esqueci de beltrana, ela estava correndo ontem, eu acho, e estava meio suada, o rosto dela escorria sério, de tanta maquiagem". 

"Sabe ***, o cabelo dela é ridículo"
Não preciso nem dizer que eu não estudei né? Saí dali porque não estava conseguindo controlar o riso e não, minha timidez inicial não me deixou chegar lá e começar a rir com meus atuais colegas.

Enfim, sei que essa postagem foi meio lixo, mas eu achei muito interessante divulgar minha descoberta, visto que eu sou um ser muito observador e não sabia que os garotos falavam TANTOOO de nós mulheres.
Como minha mãe sempre diz: "Só devemos falar dos outros quando somos melhores", então, meninos "Parem de falar que mulher só sabe falar de homem, porque vocês são farinha do mesmo saco". kkkk
PS: Irei parar de rir quando isso deixar de ser engraçado.