sábado, 31 de outubro de 2015

Emoções do Enem

Eu nem acredito, mas acabou! Para lhes ser mais sincera eu me senti um tanto depressiva com essa situação no mesmo dia em que ela cessou, pois estava tão acostumada à rotina e a pressão que se tornou estranho me sentir livre.
_O ser humano realmente tem forte capacidade de adaptação.
Agora posso fazer o que quiser com minhas noites sem culpa e eu optei por estudar mais uma vez. Não da forma em que outrora fiz. Eu agora posso passear, ouvir músicas, sair para comer coisas que sinto saudade ou simplesmente aproveitar o ócio e relaxar após um dia exaustivo,  mas parar de estudar não está em meus planos. Agora poderei voltar a malhar e ah... já adianto que o fiz no dia seguinte ao vestibular rsrs e me sinto bem mais leve piscicologicamente.


O primeiro dia foi relativamente tranquilo. Em minha bolsa havia os lanches exigência que eu pedi a minha mãe, caneta preta, cartão de inscrição, carteira de identidade e a carteirinha do ônibus. Faltou alguma coisa? acho que não
Na mesa, comidas deliciosas, como eu mesma havia sugerido com uma semana de antecedência. Estava tudo milimetricamente planejado, meu emocional estava bom, não estava nervosa, entretanto, um pouco ansiosa. Só confesso que temi um pouco quanto ao ônibus.
No segundo dia, que por sinal era para ser o melhor, deu tudo errado. Primeiramente minha amiga atrasou. Fiquei no ponto de ônibus e quando olhei o celular o horário era o mesmo em que o ônibus passou no dia anterior.... e nada dele. -Carambaaaa, eu não acredito. Hoje é domingo!
Fui na mesma hora atrás da menina dois pontos depois, dado que a mesma não atendeu a nenhuma das três ligações. Quando cheguei ela não estava. Olhei o celular e já eram 11:10 (ps: aqui na minha cidade não temos horário de verão, logo, eu tinha exatos 50 minutos para chegar no local da prova). Entrei em desespero. Saí correndo feito louca até meu condomínio que não é muito longe, mas o suficiente quando se está a pé. Eu suava e ofegava quando vi um ônibus passar. Dei sinal
-Moço, vai parar para descanso? _Perguntei ao motorista
-Não_Ele respondeu.
Eu entrei e sentei num assento perto do cobrador. Estava suada e respirava com certa dificuldade.
-O que foi? _Ele perguntou, eu apenas respondi em lágrimas que precisava fazer essa prova. A prova que todos já sabiam qual era.
Chorei como há muito não havia chorado quando ele disse que não daría tempo. Lembrei, nesse momento, dos memes da internet. Agora sei o que é desespero e como se sentem as pessoas que perdem a prova. O riso já não é uma constante.
Eu jurava que não daría tempo e para piorar o cobrador é uma pessoa negativa. É uma situação totalmente inefável. Podería descrevê-la completamente como foi e ainda assim sería insuficiente.
Cheguei exaurida e ainda faltavam 15 minutos. Foi realmente um milagre porque depois desse ônibus ainda tive de pegar um outro.
Na fila para entrar na sala me senti uma criminosa. Fui tratada da maneira mais ignóbil possível. Em tom rude, com tamanha autoridade inexistente, pelo fiscal da sala.
Sim, aqueles que tem a função de olhar os candidatos e ver se os materiais estão de acordo com as regras e....isso mesmo, e mais NADA!

-Cadê a caneta? _Eu mostrei-la
-tire o lanche_ Disse em tom grosseiro. _Eu os tirei
-Quero que tire tudo da bolsa _Fez-se mais rude
-Coloque aqui na cadeira_Ele disse ao ver que a situação se fazía íngreme
Retirei as coisas e mostrei a ele
-Quero que você tire tudo da bolsa_ Disse como se eu escondesse uma arma ou outro celular além do que já estava no lacre
Lembrei do minúsculo bolso ao lado e retirei as moedas, as amostras de perfume e a carteirinha de passagem do ônibus.
-Guarde aqui _ Falou mais uma vez o indivíduo apontando para a carteirinha e me dando outra bolsa específica
-Posso guardar agora?
-Eu quero na sua carteira apenas sua caneta e seu lanche
-Eu já fiz a prova ontem _Não deixei por menos
-É, mas o processo é outro agora. Mudaram os fiscais, mudaram as regras_Acredito que tenham sido essas as palavras proferidas por ele
-Ta, mas você não precisa falar desse jeito_ Eu me controlei para não falar o que eu realmente queria
-Perdão _Ele finalizou em tom sarcástico
Peguei minhas coisas demonstrando a irritação, caminhei rumo à mesa da chefe de sala para pegar o cartão de respostas e sentei-me. Começei a chorar, confesso. Nada tinha sido como eu planejei.
Digo-te, então, que esse amontoado prejudicou meu desempenho. A redação estava fácil e acredito ter sido a única coisa que fiz bem. No dia seguinte, chorei de novo porque olhei algumas respostas e alguns erros. Disse não querer trabalhar no Mc Donalds, mas agora estou mais tranquila. Não quero ter na faculdade o destino total do que eu serei no futuro e é por isso que, como eu disse no princípio, nunca quero parar de estudar..
Eu decidi que não farei um curso que não seja o da minha área porque não quero me sentir da mesma forma que me senti com o curso 2.
Há uns dois meses, eu acho, disse que uma senhora quis me convencer a mudar minha opção na faculdade por algo que dê mais dinheiro e eu repudiei a ideia. Venho aprendendo que o melhor e mais válido dinheiro não é especificamente aquele que suamos para conseguir, mas aquele que conseguimos fazendo o que gostamos. Porque quando fazemos o que gostamos não é lá uma luta e eu sei também que tal dinheiro não comprometerá minha saúde.
Pois me diga leitor que adianta ser médica, ganhar 30 mil e ser infeliz?
De nada adianta.
Aprendi que dinheiro é importante, mas que muitas outras coisas se sobrepõem a tal. E que sou nova e capaz de conseguir aquilo que realmente quero.
PS: Desculpem as fotos verticais ---'




terça-feira, 20 de outubro de 2015

Ansiedade Boa, Felicidade pré-enem.... Isso é normal???

Faltam exatos 4 dias para o final de semana mais esperado por mim e digo que estou incrivelmente feliz. 
Perto do fim do martírio sinto-me uma pessoa renovada. Devido a minha dedicação, a maior frequência da leitura em minha vida e ao menor tempo para coisas que de certa forma são secundárias.
E quando paramos para lembrar vemos que o tempo realmente voa de maneira inigualável.
E quando paramos para pensar vale muito à pena se dedicar a coisas que são dignas de nosso tempo. Pois gastamos tanto com tão pouco, com coisas ignóbeis e acabamos por vezes a refutar passar algumas horas nos doando a algo que nos trará retorno benéfico e que não é tão ruim como julgam.
Hoje afirmo que não tenho mais a mesma mentalidade que no começo de tal jornada e digo que esse não é um fim: Da jornada nem das mudanças.
Digo não apenas por todas as coisas novas que aprendi, mas porque vi o quão responsável, dedicada e focada que sou. Pois muito embora tenha abdicado de muitas coisas que não me afetam em demasia só eu sei o quão foi difícil em se tratando de outros âmbitos.
Foi de fato uma jornada tortuosa, onde ainda que não tenha cogitado a hipótese de desistir passei por muitos momentos íngremes. Não propriamente pelos estudos, mas, por me abster de coisas de que o ser humano precisa e outras que propriamente eu preciso para estar bem. Por ter exigido de mim ao extremo e me pressionar de maneira indizível.
Talvez os maus momentos tenham sido causados, a maioria deles, por mim mesma que fui exacerbadamente rígida. Que me fiz sentir culpada por cada negligência dado o cansaço; Que me fiz chorar pelas redações que julguei lixo; Que me fiz passar semanas à fio longe de coisas e pessoas que amo. Mas, no final, ao menos dessa fase, no agora, apenas me congratulo. Haja vista tudo isso não ser para qualquer um.
Visto que, eu sou inexperiente e não soube ter um limite para as cobranças. Não soube otimizar meu tempo de verdade. Mas se não erramos como vamos aprender?
Que culpa tenho se sou extremista? Que culpa tenho se só fiz tudo isso porque tive a intenção de acertar?
Culpa nenhuma.
Parabenizo-me quando penso em cada fim de semana que eu podería passar no ócio, os convites que refutei para sair, a vida social que já não tenho e por todas as vezes que me esforçei para tornar o estudo algo mais dinâmico e prazeroso. Congratulo-me quando vejo as pessoas ao meu redor, de mesma faixa etária que a minha... Tão novas e tão sem perspectivas. Tão perdidas, em alguns casos vazias.
Congratulo-me pela força de vontade e a capacidade e ainda que hoje eu não passe, sei que "Dei o meu melhor". Não que não haja mais o que melhorar.
A pessoa que ontem faría o seu próprio eu sentir-se mal e chorar pelo aproximar do tão esperado dia e  por ver que podería ter feito mais, hoje deixa-se livre para relaxar e fazer o que achar que deve ser feito.
E se eu não passar... Não há problema. Tenho planos B, C, D, E... Eu não tenho filhos ou marido... Eu sou jovem, tenho uma mente boa, uma família que "chega junto" e por mais que meus estudos sejam muito importantes para mim minha saúde física e mental são, sem dúvida, mais relevantes.
Bastaram os choros, os momentos depressivos, que não foram poucos, para que eu valorizasse a mim mesma como estou tornando a fazer agora. E esse é um aprendizado!



À todos que prestarão o vestibular desejo sorte. Pois como disse um médico: "Sorte não é só para quem não estudou". E hoje percebo que há realmente muitos outros fatores inclusos para um bom desempenho além do conhecimento!!! 

PS: À todos que me deram um apoio moral imensurável, a cada palavra, a cada: "Se você passar vou te dar um presente", a cada: "Não importa se você não passar, eu sei o quanto está se esforçando", a cada coisa que minha mãe já relevou por causa dessa fase, a cada comidinha que ela vai comprar para eu levar no dia da prova kkkk, a cada: "Eu acredito em você", "Você consegue", "Você é inteligente, esforçada"..Eu só quero dizer que Muito Obrigada. Pois cada palavra tem exercido enorme influência nessa jornada.

#UmaHeliofóbica



sábado, 10 de outubro de 2015

Pois, infelizmente ou não, nós não fazemos tudo que gostamos

Há alguns dias vim pensando ainda mais a respeito da necessidade de ocorrência de cada coisa que nos vem na vida. Com isso quero dizer que estas não são em vão, como já mencionei em outros posts.
Eu só quero dizer que não valorizava muito minha família até passar a maior parte dos meus dias com pessoas (não todas) que sinceramente não gosto.
Eu não valorizava as risadas verdadeiras até ter de rir o tempo inteiro para todos sem ter vontade só para ser agradável ou ao menos não passar a imagem de antipática
Eu não valorizava meu ócio até não ter tempo para descansar 
Eu não valorizava o tempo que eu tinha para cuidar de mim até ele ser quase completamente exaurido
Não agradecia pelos minúsculos defeitos daqueles que convivem comigo até ter de conviver com defeitos maiores de pessoas que eu não posso me sobrepor.

Ainda bem que essa é só uma fase e uma amostra gratuita e precoce do que está para vir futuramente, e tenho a chance de concertar-me e rever alguns conceitos e atitudes.
Não por completo tais experiências estão sendo ruins para mim, pois estou a ter a oportunidade de melhorar e por mais difícil que esteja não estou me negando a tal.
Mas confesso que por vezes dá vontade de desistir, de sumir, de não mais voltar, mas o que isso resultaria?
Resultaria em omissão de maturidade.
Pois não posso simplesmente sair porque não desejo olhar para certas pessoas, tampouco sair quando ouço algo que me desagrada.
A vida não é fácil como quando imaginamos quando somos crianças ou quando nossos únicos problemas são nossos familiares nos importunando ou aquela pilha de atividades escolares.
Ao contrário do mundo à fora as pessoas que estão conosco nos amam ou no mínimo sentem um grande afeto por nós e é isso que só conseguimos perceber da forma mais dura possível. Mas como é dito por muitos, antes tarde do que nunca. O que importa é que aprendamos e procuremos melhorar todos os dias para que seja mais fácil lidar com o mundo.