E se eu não me arrumasse mais para ir ao curso N°1?
Se eu decidisse usar a blusa da farda enorme e folgada, jeans surrado e all star desamarrado?
Será que os elogios permaneceriam?
Avistei pela janela do ônibus, pois sou fã de observar pelas janelas, uma senhora com cabelos azuis e minha mãe acha que eu sou brega. Eu sou é arcaica. E se eu pintasse?
E se eu mudasse? Não é loucura, seria apenas uma fuga do comodismo. Da mesmice. Da rotina. E se?
Sou ainda muito cândida para o fazer ou seria mais correto denominar-me temerosa? Vai saber...
Isso nada tem haver com se revoltar, pode deixar de lado seu discurso moralista que generaliza os jovens como insanos e inconsequentes. Tampouco quero chamar atenção, pois sei que não careço disso para tal. Mas e se? E se eu quisesse mudar tudo isso?
Uma cor nova, um batom ou simplesmente se eu quisesse usar burca e converter-me ao islamismo?
Isso em nada mudaria o meu ser e essa não é a intenção.
Continuaria a ser quem sou quer seja isso bom ou ruim.
Todos nós precisamos de mudanças, nossas vidas carecem destas e quanto às pessoas, elas devem estar a torcer para que ocorram. Pois uma vida estagnada não pode ser nomeada como vida, assim como existir não deve ser confundido com viver.
O mundo é uma constante mudança, nada mais justo que mudemos junto a ele.
#UmaHeliofóbica