sexta-feira, 24 de julho de 2015

E se...?

E se eu não me arrumasse mais para ir ao curso N°1?
Se eu decidisse usar a blusa da farda enorme e folgada, jeans surrado e all star desamarrado? 
Será que os elogios permaneceriam? 
Avistei pela janela do ônibus,  pois sou fã de observar pelas janelas,  uma senhora com cabelos azuis e minha mãe acha que eu sou brega.  Eu sou é arcaica.  E se eu pintasse?
E se eu mudasse? Não é loucura,  seria apenas uma fuga do comodismo.  Da mesmice. Da rotina.  E se?
Sou ainda muito cândida para o fazer ou seria mais correto denominar-me temerosa? Vai saber...
Isso nada tem haver com se revoltar, pode deixar de lado seu discurso moralista que generaliza os jovens como insanos e inconsequentes.  Tampouco quero chamar atenção,  pois sei que não careço disso para tal.  Mas e se? E se eu quisesse mudar tudo isso?
Uma cor nova, um batom ou simplesmente se eu quisesse usar burca e converter-me ao islamismo?
Isso em nada mudaria o meu ser e essa não é a intenção. 
Continuaria a ser quem sou quer seja isso bom ou ruim.
Todos nós precisamos de mudanças,  nossas vidas carecem destas e quanto às pessoas,  elas devem estar a  torcer para que ocorram. Pois uma vida estagnada não pode ser nomeada como vida, assim como existir não deve ser confundido com viver.  
O mundo é uma constante mudança,  nada mais justo que mudemos junto a ele.

#UmaHeliofóbica

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