Às vezes nosso maior erro é acreditar piamente que o outro é
capaz de nos oferecer tudo aquilo que esperamos.
Às vezes somos tão rígidos e inflexíveis, não por assim
sermos, mas sem nos darmos conta de que os caminhos podem fazer curvas e chegar
a um mesmo lugar.
Às vezes esperamos que o externo saiba nossas necessidades,
sinta como a gente. Mas o externo é outro. O externo não somos nós. O externo
tem suas necessidades que também espera serem supridas e que possivelmente ou
não, sendo tal externo um ponto fora da curva, note que não podemos despejar
nossas expectativas nos ombros alheios.
E Às vezes nós só damos de ombros para as infinitas
possibilidades, ignoramo-as. Às vezes esquecemos que não se lê pensamentos e o
processo para que algo próximo aconteça é longo e exige esforços, tempo e
dedicação.
Achamos, por vezes, que o outro, leitor de mentes e detentor
de todas as habilidades, sabe e fará exatamente aquilo que precisamos. Mas
sabe, esquecemos que o outro é apenas o outro e nem sempre será capaz de nos
oferecer aquilo que queremos, pois muitas vezes o que queremos ele não tem.
E quando falo em ser o outro incapaz não sinta como algo
pesado, como se agora estivesse eu culpabilizando o externo, como muito
gostamos de fazer. Digo apenas que as pessoas são distintas e é isso que torna
a vida muito mais interessante. Digo apenas que há outras formas, há infindas
possibilidades. Há um mundo no mundo. Um mundo nas pessoas, e ninguém nunca nos
iludiu afirmando que nos relacionarmos é a coisa mais prática. Mas é essencial
e pode ser incrivelmente satisfatório desde que saibamos como fazer.
Não, não
busque um manual. Nem tudo que precisamos podemos encontrar em livros. Nem tudo
que precisamos temos que buscar nos livros. Às vezes é tudo questão de feeling
e empatia. De sabedoria e maturidade. Coisas que adquirimos com o tempo e se
assim for, já tenha como algo esplendoroso, pois nem todos atingem mesmo com o
passar dos anos.
Esse ano iniciei um novo curso na faculdade e, na verdade,
estou finalizando meu primeiro período agora. Tenho uma turma incrível e com
pessoas tão diferentes, mas tão especiais.
Estava pensando por esses dias como são engraçadas essas
coisas. Fulana é tão objetiva e Às vezes, alguém tão sensível quanto eu, pode
encarar o que ela fala como grosseria, porque a maioria está acostumada a fazer
rodeios. Mas ela é ao mesmo tempo tão fofa e prestativa. Outra que é séria e
que quer ser levada a sério, mas que quando sorri, mostra que não temos somente
um lado. Um rapaz que também é sério, fechado no grupo, mas que também se
mostrou muito prestativo essa última semana mandando um site que poderia nos
ajudar a estudar para a prova. E ao receber um obrigada com um emoji fofo e
outros obrigadas, ele não respondeu: De nada emoji fofo como talvez eu
esperasse, mas um: tamo juntos ou algo do tipo. E cara, foi aí que eu tive esse
feeling. E não troco essa turma por 48 Adrianns. Talvez em algum momento eu não
suportasse isso.
Tudo bem a diferença. Tudo bem desde que saibamos que é um
caminho à frustração viver imaginando que o externo sabe o que acontece no
nosso interior. Pois se assim o fosse, o caos estaria instalado.
-Ahh (suspiros) Quem dera ser tudo tão mais esclarecido, tão
mais fácil _Pensava Elizabeth.
Mas seria mesmo ou encontraríamos um jeito de nos perder?
E é por tal que me vejo tantas vezes confusa, perdida, tão
sem saber o que fazer.
O que é certo ou errado? O que ta dentro da normalidade?
Mas existe mesmo uma
normalidade?
As pessoas não tÊm manual
A vida não vem com um roteiro
Mas o que há de errado com isso?
#UmaHeliofóbica
������
ResponderExcluirParabéns
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