sábado, 22 de agosto de 2015

Devaneios... Falta de educação...Será que tem o que fazer?

A medida que o tempo passa nossas prioridades vão mudando, nossa mente vai mudando e o que outrora eramos alheios passa a ter relevância para nós.
Lembro quando há alguns anos eu batia os pés, gritava e saía do local ao ouvir algo que me desagradasse. E hoje ponho-me em silêncio, em aparente pacificidade ao ouvir algumas besteiras.
Lembro que quando ao lavar os pratos desperdiçava pelo menos uns mil litros de água e ao banhar-me outros mil. E hoje exaspero-me ao ver desperdício.
Lembro que não compreendi quando não ganhei de uma só vez os dois tênis que tanto achei lindos. Lembro que só ficava ao celular, não fazia nada de útil e não ajudava de maneira alguma em casa. Talvez apenas esse último ainda perdure, porém não com a mesma intensidade e, dessa vez, por uma boa causa. (estudos e rotina totalmente preenchida por outros afazeres). E hoje ponho-me a vivenciar tudo isso novamente, com as pessoas a minha volta.


Embora para muitos não pareça eu digo: "Não sou uma pessoa de fácil convívio". Ou será que estou eu repetindo isso de tanto minha mãe falar? Nunca saberei....
Eu sou chata, quero tudo certinho e do meu jeito, metódica, talvez, e há quem diga que perfeccionista. Mas quanto a essa última característica falo que fique tranquilo, uma vez que meu perfeccionismo é mais voltado a minha pessoa. Acho que minha cobrança desmedida sobre mim tem sido o motivo de meus desânimos ultimamente. Como forma de defesa digo que estou mais flexível. ou ao menos tentando estar.
Hoje penso o quão difícil é lidar com gente e, talvez, isso seja culpa do lugar onde moro. Isso porque, não numa totalidade, mas grande parcela das pessoas daqui são um tanto mal educadas. O que para mim transpassa uma péssima imagem do estado, pois todos que vem de fora e já falaram comigo repetem isso. Sem dúvida uma característica que me deixa mais maleável e tendente a um começo de amizade é em se tratando de pessoas educadas. Costumo dizer que é até estranho quando alguém me trata de maneira afável e filantrópica. É como se quisesse algo em troca kkkk. "Sergipana desconfiada detected".


Hoje penso bastante a respeito e isso aguça vontades em mim. De fazer a diferença e ensinar às crianças, seres cujos ainda tenho esperança, que somente bons hábitos devem ser venerados e cultivados, ou senão, ir-me daqui. Mas, quanto ao último falta-me coragem. 
Sou eu tão desprovida de tal. Medrosa e paticamente uma angiosperma, com as raízes presas a minha cidade. Não é amor, é medo do mundo a fora e das dificuldades que também encontrarei por lá.
Hoje penso no que realmente vale a pena, pois o mundo está se deteriorando a passos largos, sem que as pessoas movam-se para ao menos dizer: "Tentei impedir". Essas estão presas ao cômodo e cada vez mais ensimesmadas e egocêntricas.
PESSOAS___PESS___PES__PES___PE___SOAS__SO___PESSOAS
Não. Não as odeio, aliás, pudia eu odiá-las sendo eu também uma?
Perdi as contas de quantas pessoas maravilhosas já me vieram. Ajudaram-me, levantaram-me, Influenciaram-me de boa forma. Mas acontece que o homem parece ter sido programado para ver o pior em tudo. Ou seria eu pessimista? Não mesmo.
Quando penso em criticar mães que não sabem educar pondero-me, haja vista, não saber se faria melhor.


... E as crianças, seres cujos ainda tenho fé, encontram-se corrompidos por trejeitos e maus exemplos dos pais e da sociedade.
Sim, os pais...Cada vez menos pacientes, cada vez com menos tempo e menos a oferecer. Pois não me refiro a bens de consumo. E que são hipócritas. "Exigem o que não cultivam, tratam filhos como forma de exibicionismo, prezam profissões que os reguem de dinheiro, reclamam quando as notas são inferiores a 9 e 10". Mas não cultivam. Mas não ensinam, não dedicam tempo e afeto. E a "esperança da sociedade" vai se tornando cada vez mais vazia de tudo. E de quem é a culpa??? [...]
Talvez eu nunca sirva para ser mãe, pois "menino maluvido" _como diz minha avó_ comigo não se cria. E a sorte de muitas mães de tais, ou melhor, a sorte dos mesmos seja que não sou eu a mãe deles.
Se quer saber a esperança está pouco a pouco se erradicando, a paciência se esgotando e, como sempre, não tenho um prognóstico da situação. Infelizmente.
Meu horóscopo disse para eu cultivar minha intuição. Nem parei para refletir, até isso já não levo mais em conta.


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