sábado, 8 de agosto de 2015

Felicidade Utópica?

Às vezes penso que a incessante busca pela felicidade nada passa de um mero ideal.
Haja vista que há muito pensei: "O que fará de mim feliz? Serei feliz quando possuir tal coisa!" e daí possuía e não me via mais alegre. Aliás, até sim, mas por tempo determinado.
O ser humano foi programado para querer sempre mais e talvez seja por isso que nunca estejamos satisfeitos, porque a felicidade não estar no ter. Vejo, hoje, a felicidade ser os bons momentos. Que por sinal são passageiros, por isso procuro aproveita-los ao máximo, muito embora nem sempre seja uma tentativa bem sucedida.
Uma vez um colega perguntou se eu era feliz e eu me espantei com a pergunta, mas, respondi que sim. Isso ficou me corroendo por algum tempo, no entanto, depois se foi.
Se tornei a pensar nisso? Todos os dias e ainda não cheguei a resposta certa. Eu sinceramente de nada sei.
É mais fácil para mim responder: Estou feliz agora? "Sim" ou "Não". Mas como um definir de minha vida, não. Leitores, reparem em minha teoria: "Se a felicidade é tida nos bons momentos da vida e se tais momentos não são perenes, logo, é equivocado dizer -sou feliz-, como se este vivesse em estado pleno de felicidade. Já que todos passam por tristezas e alegrias, e como os bons momentos também fazem parte, o certo é dizer se está feliz ou não".
Há vezes em que estou feliz e nem sei o porquê, em outras me pego em um estado de nostalgia e reflexão. Parada, melancólica.. Não, não. Não tenham dó rsrs'. Acho que isso acontece com todos. Ainda mais comigo que sou um tanto exótica.
Costumo dizer que fico feliz por poucas coisas, que para mim são muitas. Assim como fico triste por outras poucas ou me estresso muito facilmente por "bobagens". Por exemplo, quando faço um texto muito bom eu fico extremamente feliz, bem como chorei rios há alguns meses quando mostrei uma redação a uma professora que já corrigiu redações para o enem e ela me deu 8. Acho que uma das piores coisas é você se sair mal em uma coisa que você é tecnicamente boa e adora fazer. Esse texto, por exemplo, não considero um dos melhores, nem ao menos deveria estar dizendo isso, mas fazer o quê? 
Quanto às redações, ando treinando bastante e acredito que estou consequentemente evoluindo.
Basicamente eu amo me superar e odeio quando vejo-me regredir.
A música me relaxa, sentir-me inteligente faz-me ver que não faço parte da grande maioria das meninas de minha idade que vivem restritamente, comer é uma dádiva muito embora eu me limite ao fazer, estudar é uma possibilidade a mais de crescimento e para quem acha que não eu digo que a felicidade também pode ser obtida através de tal. Gosto de sentir-me útil e diferente, muito embora minha diferença faça de mim tantas vezes muito insegura se comparada a "normalidade" das outras garotas de minha idade.
Se sou feliz não posso ao certo te responder, mas digo que estou muito feliz e vejo-me assim quando paro e reflito sobre meus feitos e minhas ações. Quando vejo que poderia estar "matando, roubando, me drogando ou ingressando no narcotráfico", isso para não falar outras coisas. Estou apenas vivendo minha vida, embora muitos digam que isso não é viver.
Será que é contradição dizer que sou feliz porque tenho planos e sonhos? E porque tenho condições físicas e emocionais de correr atrás dos mesmos? Talvez eu nunca saiba responder, e talvez nem mesmo seja essencial tal resposta.
Talvez a felicidade não precise ser conceituada como tal, nem você precise ficar se afirmando para as pessoas. Digo que basta apenas não restrigi-la. Uma vez que restringir é se limitar e quando você o faz ao pôr em objetos, pessoas ou até mesmo futilidades você mesmo impossibilita a sua chance de ser feliz.






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