quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Já parou para pensar no poder que as tecnologias exercem sobre você???

Estamos vivendo numa era de plena alienação! Refiro-me agora às tecnologias.
Se analisarmos bem, estamos num extremo declínio. Mas talvez o problema esteja em não querermos ver. Não de tal forma, não com esses olhos, os mesmos que ficam vidrados com a novidade do dia trazida por elas.
Assim como as pessoas têm o direito de dar-me as costas e se porem em frente a tela de um celular me vejo no direito de também fazer, entretanto com os livros.
Não há respeito, não há atenção, não há conversa. Em que era nós estamos?
Não há educação, não há um mundo que não o virtual, nem pessoas ao redor. A que ponto chegamos?
Pouco se importa, tem se tornado super normal esquecer os arredores e isso é DETESTÁVEL!
Há um paradoxo ao afirmar que as tecnologias, as redes sociais e a internet aproximam as pessoas.
Quero dizer, a mesma que faz-me comunicar com minha tia que mora no exterior trás minha mãe cada vez mais para longe.
Eu não sei se odeio-as, as redes sociais, pelo fato de eu ser anti-social, por estar numa fase focada nos estudos ou mais, por não querer me tornar mais um ser humano manipulado, fantoche de toda essa aglomeração de novidades vindas a nós de uma só vez.
Valendo também ressaltar que desde que surgiram  vêm levando consigo seguidores, passando a ser isso mais importante, assim como status. Não mais o ser de dentro, mas sim o que mostra por fora. A falsa ilusão de que é alguma coisa por determinados postos que colocam a si, mas que no fundo não é nada, não faz nada além de ficar o dia inteiro respirando conteúdos sem nenhum valor e algum acréscimo válido. Quanta BANALIDADE!


Ahh... Aproveitando o ensejo gostaria de mencionar: Dizem que enlouquecerei de tanto estudar. 
Talvez dissesse eu que não seria provável cair em desvario total, entretanto lembro agora que tudo é possível. Mas, se faço por "AGORA" não tirar os olhos dos livros digo então que é válido.
_"Você tem que parar para descansar um pouco, relaxar". 
Eu questiono: Será que sou eu quem não paro ou vocês quem estão o tempo inteiro relaxando? 
Sou eu que sou anti-social por não entrar em redes sociais e me comunicar ou vocês que fazem o tempo inteiro? 
Vale refletir.
Já pararam para pensar no que fazem da vida que não se comunicar e viralizar videos bobos, perder tempo em saber a nova fofoca do momento ou quem pegou fulana?
Talvez pela 1° vez o problema  não esteja comigo e sim com todos aqueles que negligenciam em meio a "dificuldades" que todos têm colocando-as de lado e de novo, passando mais um dia em redes sociais.



Quanto mais me aproximo da leitura e leio histórias passadas, de pessoas que já partiram e que deixaram sua marca, que tiveram em vida grandes feitos e realizações fico tentada a me inspirar e o faço, sinto inclusive certa inveja sobre como naquela época os pensamentos pareciam mais evoluídos, as pessoas mais interessadas e tinham, parece, na leitura a função do viver. Procurando conhecimento sempre, chegando a ser multifuncional. Médico, cientista, filósofo, artista...E eu aqui, preocupada em não dar conta de minha rotina, humilde rotina se comparada a deles.
Não quero declarar-me como totalmente oposta a tecnologia, até porque seria hipocrisia assim dizer, no entanto afirmo que sou contra apenas a influência que ela exerce sobre as pessoas ao ponto de cegarem-nas, tornarem-nas incapazes de sobreviver sequer um dia com sua ausência, tornando-as dependentes, de certa forma vegetais que funcionam sob bateria.
Se queres me irritar dou a ti a 1° dica: "Ponha-me de canto e se coloque de fronte a um celular".
Dica 2°: Seja hipócrita e diga que não faz isso.
Isso me deixa colérica. Muito mais que certas literaturas de vocabulários arcaicos que tanto me fazem perder-me em meio a diversas palavras estranhas. Ao menos tais literaturas acrescentam-me algo.


A cena aqui em casa é assim:
Minha irmã não sai do celular; Minha mãe acompanha ela com o seu; Meu irmão oscila. Por vezes no celular, por vezes no notebook, por vezes no X-box, por vezes em todos...Sou a única restante, não vejo nisso um modo de vida ou um ato de sobrevivência, feliz sou por não ter sido até então corrompida.
No curso N°2 a cena se repete. Os vídeos do whatssap se espalham como vírus e me estressam em demasia quando são postos para rodar inúmeras vezes consecutivas. Incomoda a leitura, os pensamentos, a linha de raciocínio e não, eu não fico tentada a desvirtuar-me.
Mais uma vez repito como de costume: Não vim propriamente criticar e sim expor a realidade. Talvez de uma forma que faça eu parecer totalmente repugnada quanto ao tema em questão. Mas falarei então algo para provar que não estou repulsiva por inteiro. 
Uma coisa e unicamente essa eu tenho de admitir já que em tudo e em todos há pontos positivos e negativos. Ainda que esta corrompa, desvirtue e desencaminhe multidões. 
Se não fosse a mesma tecnologia que por horas me incomoda tremendamente, por horas satisfaz minhas vontades eu não teria a oportunidade de tornar pública minha opinião sobre o assunto. Embora antes disso tenha vindo o direito de livre expressão, então não só ela quem está contribuindo com isto aqui.
Portanto, enquanto eu usa-la com o intuito com o qual fora posta no mundo, de ajudar e facilitar, sem acomodar-me. Ser a mim uma aliada e não uma sugadora de energias, "literalmente falando", estará tudo bem. Quanto as pobres almas alienadas... Bem, nada a declarar!
Minhas conclusões são sempre de contradições,eu acho, mas talvez seja esse meu modo de expressão fazendo meu caro leitor refletir  sempre ao final no que realmente penso sobre o tema. Por horas bombardeio com rudes palavras talvez, por horas sentindo-me grata. Sou assim e é assim que tem de ser.

#UmaHeliofóbica

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